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Coluna / Álvaro Vilaça / Tempo Esportivo / Por que os clubes de futebol se endividam tanto?

Acompanhar a saúde financeira dos principais clubes de futebol do país é rotina para os torcedores mais aficionados, mesmo que estes não sejam experts em economia. Afinal, dívidas significativas resultam na necessidade de venda de bons jogadores, o que, por sua vez, impacta diretamente na qualidade do time em campo. Segundo levantamento da Sports Value, agência especializada em marketing esportivo, com base na divulgação do balanço econômico dos clubes brasileiros em 2017, Botafogo (719 milhões de reais), Internacional (700 milhões de reais), Fluminense (560 milhões de reais), Atlético Mineiro (538 milhões de reais) e Vasco (506 milhões de reais) formam o top cinco dos clubes nacionais mais endividados. O mesmo torcedor que cobra boas administrações e sofre com as consequências dos déficits se pergunta: Por que meu clube se endivida tanto?

Imagem ilustrativa: Reprodução/InternetImagem ilustrativa: Reprodução/Internet

São três os fatores mais pesados: dívidas fiscais, ações trabalhistas e juros bancários. Os clubes devem para governo, ex-jogadores e bancos e a cada mês precisam renovar os empréstimos bancários. Alguns devem também a empresários e outras instituições financeiras. Segundo dados da agência, os 20 maiores times do Brasil acumularam 6,75 bilhões em dívidas no ano passado; um crescimento de 77% no último quadriênio, período no qual a inflação acumulou alta de 43%. Passados os 04 primeiros meses de 2019, esses valores já sofreram alterações e o pior, alterações para cima, ou seja, essas dívidas já cresceram um pouco mais, de tal forma, que não se sabe onde, quando e como isso vai terminar!

A Lei Profut, sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Roussef, foi criada com o objetivo de renegociar débitos fiscais com clubes de futebol e facilitou o pagamento das dívidas nos últimos anos. Ela permite que os times escolham os débitos renegociados, que podem ser parcelados em até 180 vezes com redução dos juros. Passou a ser um benéfico também para o Governo, porque garante a arrecadação e impede um processo burocrático muito lento e custoso. Não é uma situação exclusiva do futebol, inclusive. O único clube grande a não recorrer à lei foi o Palmeiras, porque se estruturou e tinha o Paulo Nobre, à época, na presidência”.Ainda assim, até o poderoso Palmeiras tem dívida com o Governo federal, menor, mas tem. E o clube não quebraria se a Receita executasse um processo, ao contrário do Botafogo, por exemplo.

A propósito, Palmeiras e Flamengo são os clubes mais organizados fora de campo do futebol brasileiro. Os dois clubes seguem como os mais ricos do país analisando as previsões orçamentárias para a temporada 2019.

Cruzeiro e Atlético estão bem distantes desta realidade. Com sucesso em competições recentes, sobretudo a Copa do Brasil, a Raposa ainda consegue faturar um pouco mais do que o Galo, vide 2018. Por outro lado, para ter um time mais competitivo e conquistar alguns títulos, o clube precisou investir mais, se endividar mais e renegociar parte de seu passivo. O Atlético investiu menos, aumentou um pouco menos a dívida, em relação ao maior rival, mas também não conquistou nenhum título nos últimos dois anos e tem visto sua relação de sócios torcedores despencar, dado o engajamento cada vez menor dos seguidores do time, desmotivados com a falta de perspectivas dentro de campo.

Diante do exposto, a pergunta inevitável segue sem resposta: O que vale mais neste momento, montar um time para ganhar títulos a qualquer custo sem pensar no amanhã? Ou viver na apatia técnica, fruto da falta de arrojo para investir no departamento de futebol, temendo um futuro ainda mais doloroso para os torcedores?

 

Semifinais da Copa João da Cunha e Copa Sete Lagoas de futebol feminino agitam o final de semana na cidade

Terminadas as fases classificatória e quartas-de-final, a Copa João da Cunha, em sua 19ª edição, ganha contornos decisivos a partir deste próximo final de semana. Apenas 04 equipes seguem na briga pelo título de 2019. Nesta temporada, 20 equipes participaram da Copa, um número considerado muito positivo pelos organizadores da competição: Bela Vista, Dallas Gollo, Serra Verde, Lanchonete do Ponto, Progresso Promec, Grêmio Alkaeda, Abc Celulares, Chape, Paraíso, São Sebastião, Lagoinha, Amigos CDD, Montreal, Bosque, Garimpeiro, Inter União Juventude, PSI, União Alvorada e Santa Cruz/Santa Helena.

O Dallas, do bairro Nova Cidade, faz grande campanha na Copa João da Cunha e está classificado para a fase semifinal. - Foto: Reprodução/InternetO Dallas, do bairro Nova Cidade, faz grande campanha na Copa João da Cunha e está classificado para a fase semifinal. - Foto: Reprodução/Internet

Os últimos campeões da Copa João da Cunha foram o Garimpeiro em 2017 e o Montreal no ano passado.O Montreal acabou sendo eliminado no último final de semana. Já o Garimpeirosegue vivo na luta pelo bicampeonato.

Asquartas-de-final foram marcadas por confrontos muito equilibradose pela boa presença de público no Campo do Eucalipal. Os resultados foram os seguintes:

Dallas 2 x 1 Montreal
Grêmio Alkaeda 0 x 0 São Sebastião das Pindaíbas (nos pênaltis, vitória do São Sebastião por 4 x 3).
Garimpeiro 2 x 1 Lagoinha
União Alvorada 3 x 1 ABC Celulares

Com esses resultados, os confrontos da fase semifinal, marcados para domingo pela manhã no Campo do Eucalipal, ficaram assim:

- 08h45: Dallas x São Sebastião de Pindaíbas
- 11h: Garimpeiro x União Alvorada

No mesmo dia e local serão realizados os primeiros jogos da Copa Sete Lagoas de Futebol Feminino. Será uma ótima oportunidade para que os sete-lagoanos possam acompanhar esse novo projeto, cujo objetivo é difundir o futebol feminino na cidade. Eis os jogos:

- 13h: Botafogo Prudentino x América Prudentino
- 14h30: Sete Lagoas x Inhaúma

 

Ao contrário do ano passado, Brasileirão começa com muitos gols em 2019

Se levado em consideração que o Brasileirão do ano passado teve a menor média de gols por partida dos pontos corridos, disputados desde 2006 por 20 equipes, o elevado número de gols da primeira rodada deste ano abre a expectativa se história será diferente nesta temporada. Foram 33 gols marcados no fim de semana passado, em dez jogos. Só em 2007 houve mais gols (34) na primeira rodada. A média foi de 3,3 gols por partida.

Outro detalhe curioso é que a rodada de estreia da Série A não registrou empates. Portanto, 10 times aparecem com 3 pontos na tabela, enquanto as outras 10 não pontuaram. Melhor para Ceará e Palmeiras, que venceram por goleada na estreia e largam na competição com saldo de 4 gols positivos.

O Alvinegro, contudo, termina a 1ª rodada na liderança do torneio pelos critérios de desempate: o número de cartões (primeiro os vermelhos e depois os amarelos). Isso porque o Verdão registrou um cartão amarelo na vitória por 4 a 0 sobre o Fortaleza, com o atacante Deyverson sendo advertido no jogo. Já o Vovô não tomou nenhum cartão no triunfo por 4 a 0 sobre o CSA.

Na parte de baixo da tabela, Fortaleza e CSA terminam a rodada com o pior saldo, de -4. Pelo mesmo critério de desempate que dá a liderança ao Ceará, o time alagoano é o lanterna, já que contabiliza um cartão vermelho, uma vez que o goleiro João Carlos levou vermelho no revés contra o Ceará. O Fortaleza, que não teve atletas expulsos e teve dois atletas com cartão amarelo, fecha a 1ª rodada ocupando a 19ª posição.

Falando especificamente de Minas Gerais, o Atlético tem números positivos nas estreias recentes em campeonatos brasileiros e isso se confirmou no sábado passado, na partida inaugural diante do Avaí. Nos últimos dez anos, foram quatro vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas, confira:

2009 - Avaí 2 x 2 Atlético (Ressacada)
2010 - Atlético 2 x 1 Vasco (Mineirão)
2011 - Atlético 3 x 0 Atlético-PR (Arena do Jacaré)
2012 - Ponte Preta 0 x 1 Atlético (Moisés Lucarelli)
2013 - Coritiba 2 x 1 Atlético (Couto Pereira)
2014 - Atlético 0 x 0 Corinthians (Parque do Sabiá)
2015 - Palmeiras 2 x 2 Atlético (Allianz Parque)
2016 - Atlético 1 x 0 Santos (Independência)
2017 - Flamengo 1 x 1 Atlético (Maracanã)
2018 - Vasco 2 x 1 Atlético (São Januário)

O retrospecto do Cruzeiro em estreias de Campeonato Brasileiro tem sido razoável, levando-se em consideração os últimos anos. Foram cinco derrotas, um empate e quatro vitórias:

2009 - Cruzeiro 2 x 0 Flamengo (Mineirão)
2010 - Internacional 1 x 2 Cruzeiro (Beira Rio)
2011 - Figueirense 1 x 0 Cruzeiro (Orlando Scarpelli)
2012 - Cruzeiro 0 x 0 Atlético-GO (Parque do Sabiá)
2013 - Cruzeiro 5 x 0 Goiás (Mineirão)
2014 - Bahia 1 x 2 Cruzeiro (Arena Fonte Nova)
2015 - Cruzeiro 0 x 1 Corinthians (Mineirão)
2016 - Coritiba 1 x 0 Cruzeiro (Major Couto Pereira)
2017 - Cruzeiro 1 x 0 São Paulo (Mineirão)
2018 - Cruzeiro 0 x 1 Grêmio (Mineirão)
2019 - Flamengo 3 x 1 Cruzeiro (Maracanã)

Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, ex-narrador e ex-repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.



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