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Atlético e Cruzeiro registram dívida de R$ 182 milhões em transferências não pagas / Coluna / Álvaro Vilaça / Tempo Esportivo

Enquanto aguardamos o fechamento e divulgação dos balanços dos clubes profissionais do futebol brasileiro em 2019, os torcedores esperam, receosos, pela apresentação dos números, que já podem representar algo positivo ou negativo para as pretensões dos times em 2020. Os balanços de Atlético e Cruzeiro de 2018 registram uma dívida total de R$ 182 milhões com outros clubes em transferências não pagas. Houve pagamentos feitos em 2019 que reduziram esse montante como os relacionados a Diego Tardelli e Mancuello, só que os clubes também fizeram novas contratações então não é possível calcular o valor atualizado. Boa parte dessa dívida dos times mineiros é com clubes estrangeiros e resultou em ações na Fifa que podem gerar punições como perda de pontos.

Foto ilustrativaFoto ilustrativa

As contas de Galo e Raposa mostram um quadro de despesas maiores do que as receitas, de crescimento ano a ano da dívida e de compromissos pesados a serem pagos neste fim de ano. Ambas as diretorias têm feito promessas de austeridade, sobretudo o lado alvinegro, mas não é a direção que seus balanços apontam.

O Cruzeiro tem registrado uma dívida com clubes de R$ 90,8 milhões ao final de 2018, um crescendo de R$ 20 milhões no ano. Desse total, são R$ 53,3 milhões com clubes estrangeiros, sendo que a maior parte é cobrada em ações na Fifa como reconheceu a agremiação celeste nas notas explicativas. Ou seja, houve atraso de parcelas. Outros R$ 37,5 milhões são de débitos com clubes nacionais. O relatório aponta que o Cruzeiro reduziu em R$ 4,4 milhões seus débitos relacionados a transferências já em 2019 após o fechamento do período do balanço. No total, a dívida líquida cruzeirense aumentou em R$ 73 milhões durante o ano de 2018. Atingiu no início desse ano o patamar de R$ 445 milhões. O maior aumento da dívida é relacionado a empréstimos bancários – foram R$ 43 milhões só com o fundo Polo que antecipa dinheiro de televisão. Porém, algumas semanas atrás, o Presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella, declarou que esse valor já é muito maior. Há quem diga que o montante ultrapassa a casa dos R$ 700 milhões, informação que só poderá ser confirmada após a divulgação oficial do balanço de 2019.

No caso do Atlético, a dívida registrada com clubes de futebol é de R$ 91,6 milhões, um crescimento em torno de R$ 17 milhões a mais do que em 2017. Desse total, houve uma redução com o pagamento de Diego Tardelli em 2019 que ficou em torno de R$ 13 milhões – a quitação ocorreu porque o clube perderia pontos por decisão final do tribunal. Com isso, a dívida atual giraria em torno de R$ 78 milhões. Mas, assim como o Cruzeiro, houve novas contratações no ano o que torna impossível saber o valor exato neste momento. Um dado preocupante para o Galo é que, da sua dívida com clubes, R$ 86,8 milhões tinham que ser quitados neste ano de 2019, incluído o valor já pago por Tardelli. São R$ 58 milhões de pendências com clubes do exterior, e portanto, também passíveis de ações na Fifa para retirada de pontos.

Assim como o Cruzeiro, Atlético teve um aumento de dívida total líquida em 2018. Seu débito era de R$ 538 milhões ao final de 2017, e passou para R$ 595 milhões ao final de 2018. Assim, houve um crescimento de R$ 57 milhões. Mas, esse valor já é maior, certamente se aproximando da casa dos R$ 700 milhões.

Portanto, Atlético e Cruzeiro estão num mesmo patamar de endividamento, com pequena diferença entre um e outro, o que nos faz crer que 2020 será um ano de muitas dificuldades administrativas e financeiras.

Que os torcedores rivais não esperem contratações bombásticas, porque eles não devem e não podem acontecer. Aliás, o termo "bombástico" é bastante apropriado para o momento: As gestões atuais dos dois clubes, aliadas às contratações feitas ao longo da temporada, criam um verdadeiro clima de explosão e aniquilamento da saúde financeira de ambos, o que pode custar muito caro para os dois lados nos próximos anos.

Que Deus tenha piedade do futebol mineiro, ao fim de um dos piores anos da nossa história!

 

Divisão de cotas de TV deve mudar a partir de 2020

A emissora que detém os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série A equilibrou a exibição de jogos na TV Aberta entre times grandes no primeiro ano em que isso vai contar para a cota em dinheiro dos clubes. A única exceção é o Athletico-PR que tem um número maior de partidas na tela porque não tem contrato de pay-per-view com a emissora, isto é, só consegue mostrá-lo nesta plataforma. Pelos novos contratos de televisão, a Rede Globo paga 40% de forma igualitária, 30% por exibição de jogo na TV Aberta, e outros 30% por posição no campeonato. Ou seja, serão distribuídos R$ 180 milhões por transmissão de jogo na Aberta. Com a transmissão de 90 jogos na TV Aberta, cada clube deve ficar com algo entre R$ 1 milhão e R$ 1,2 milhão cada vez que seu time aparecer na TV Aberta.

A Globo também estuda para 2020 uma modificação na distribuição de cotas de televisão por posição para incluir os quatro times rebaixados no Brasileiro. Essa foi uma reivindicação feita pelo Avaí em reunião entre clubes e executivos da emissora. A questão é que a nova divisão só será válida se tiver a concordância dos clubes da Série A do Nacional do próximo ano.

Para o próximo ano, todos os clubes da Série A teriam de aceitar a cota para rebaixados porque a fórmula de divisão está prevista contratualmente. Além disso, o bolo total que é de R$ 330 milhões terá de ser redistribuído, o que significa que os clubes que ficarem mais acima na tabela terão de abrir mão de uma parte do que ganham. A depender de como será a fórmula, o campeão, vice, terceiro lugar, etc, perderão dinheiro.

Essa mudança na distribuição reduziria a diferença entre o time que mais ganha pelo Brasileiro ao final da temporada, e o que menos arrecada. Na atual temporada de 2019, o Flamengo, campeão do Brasileiro, ganhará R$ 33 milhões, porque tem todos os contratos com a Globo. Essa divisão já tinha diminuído a vantagem do vencedor da taça para outros times se comparada com anos anteriores.

Se ocorrer a mudança na distribuição do dinheiro por premiação não haverá nenhum novo acréscimo para os times rebaixados. Os times que caírem só teriam direito a essa cota no ano da queda. No ano seguinte, teriam de optar por ficar com a cota do contrato da Série B (R$ 6 milhões mais despesas de viagem) ou sua fatia no pay-per-view, sem nenhum percentual sobre o contrato da Série A como prevê o novo modelo.

 

Copa Eldorado tem programação repleta de jogos durante a semana

A primeira semana da 38ª edição da Copa Eldorado está com uma programação repleta de jogos. Em função da coincidência de datas com as rodadas finais do Campeonato Brasileiro, a direção da Rádio Eldorado optou por desmembrar a rodada inaugural, marcando jogos para todos os dias da semana.

Atual campeão da Copa Eldorado, o Santa Helena faz a sua estreia na próxima segunda-feira diante da AFP, no Campo do Ideal — Foto: ReproduçãoAtual campeão da Copa Eldorado, o Santa Helena faz a sua estreia na próxima segunda-feira diante da AFP, no Campo do Ideal — Foto: Reprodução

Na primeira fase as equipes estão divididas em 06 chaves compostas com 04 equipes cada, que jogarão entre si, dentro da mesma chave, classificando para a fase seguinte as 02 melhores colocadas de cada chave por pontos ganhos e as 04 melhores equipes classificadas em 3º lugar no computo geral. Se ao final desta fase uma ou mais equipes empatarem na soma de pontos serão utilizados critérios de desempate.

Se nenhuma questão climática forçar o adiamento de jogos a fase classificatória da Copa Eldorado deverá terminar no dia 22 de dezembro. As oitavas-de-final terão início no dia 04 de janeiro de 2020, após o recesso para as festividades de fim de ano.Uma novidade ficará por conta dos jogos das semifinais, que serão realizados numa segunda e numa terça-feira à noite, dias 20 e 21 de janeiro.

A decisão da Copa Eldorado está prevista para o dia 25 de janeiro, um sábado, às 16 horas no Estádio Emílio de Vasconcelos Costa (Campo do Ideal). Na decisão, se a partida terminar empatada no tempo normal, o título será definido através de cobranças de penalidades, não tendo, portanto, a partir desta edição, a prorrogação de 30 minutos.

A final será precedida pela decisão do terceiro lugar, prevista para as 14 horas.

Os times foram distribuídos nas chaves da seguinte forma:

A programação da semana marca os seguintes jogos:
03/12 – Campo do Ideal - 20h – Ideal X Líder Automóveis e Seguros Lontra
03/12 – Campo do Eucalipal - 20h - São Sebastião de Pindaíbas X União do Morro
05/12 – Campo do Curitiba - 20h - N Sports Sidão X Garimpeiro / Posto 7
06/12 – Campo do Eucalipal - 20h – Reitran X ABC Celulares
06/12 – Campo do Serrinha - 20h – Montreal X NF União Alvorada
07/12 – Campo do Curitiba - 14h – Cordisburgo X Expresso Progresso
07/12 – Campo do Curitiba - 16h - Industrial Layla Água e Gás X Dallas Golo
07/12 – Campo do Bangu - 14h - Sertanejo de Prudente de Morais X Independente de Pompéu
07/12 – Campo do Bangu - 16h – CAP X Inter Eldorado
09/12 – Campo do Serrinha - 20h - Curiango / Maguinho Vidros X Operário
09/12 – Campo do Ideal - 20h - Santa Helena X AFP Cooperlíder

Esta programação poderá ser alterada caso a chuva deixe os gramados dos campos sem condições de realização dos jogos.

O campeão da Copa Eldorado vai receber troféu, medalhas e R$ 4.000,00 em dinheiro. O vice campeão será agraciado com troféu, medalhas e R$ 2.000,00 em dinheiro.

A Rádio Eldorado de Sete Lagoas, AM 1300 KHZ, vai transmitir todos os jogos da 28ª edição da Copa Eldorado. Também será possível acompanhar as partidas, programas e boletins esportivos através do aplicativo que pode ser baixado no site da emissora: www.eldorado1300.com.br.

Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, ex-narrador e ex-repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.



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