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Coluna / Recursos Humanos / Órfão de Pai e Mãe

No treinamento de primeiro emprego e Jovem Aprendiz, que ministro gratuitamente para jovens formandos do ensino médio, sempre finalizo o treinamento deixando uma pergunta livre, para que o jovem me faça, e eu respondo depois por email ou MSN de celular. Dentre diversas perguntas, uma afirmação de um jovem de 18 anos, me chamou a atenção: “TRABALHAR PARA QUE!” Já tenho meu celular, meu computador, minhas roupas do jeito que gosto, dinheiro para o final de semana e um bom pai e uma boa mãe que me dá tudo.

Foto: www.institutocrescer.org.brFoto: www.institutocrescer.org.br

Se considerarmos a matéria publicada 29/11/2013 no G1, com o título: Geração canguru' é fenômeno mundial, diz presidente do IBGE, o texto que pode ser lido na integra em: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/11/geracao-canguru-e-fenomeno-mundial-diz-presidente-do-ibge.html.

Segundo o texto da presidente do IBGE, o conforto e o comodismo ou a falta de condições financeiras não são os principais fatores que mantêm esses jovens na casa dos pais, mas a possibilidade de investir na formação para ter mais chances no mercado de trabalho. Desses jovens, 60% são homens e 40%, mulheres, em faixas de renda mais altas.

Baseando apenas no fenômeno mundial informado pela presidente do IBGE, referindo aos jovens de classe social mais alta que possui estrutura financeira para dedicar apenas aos estudos sem precisar trabalhar seria fácil responder a indagação da afirmação deste estudante de 18 anos, mas este jovem estuda em uma escola pública, o conforto percebido pelo mesmo é do sacrifício dos pais assalariados que se desdobram para atender todos os anseios do filho, que possui mais dois irmãos de 12 e 9 anos.

Minha resposta e incentivo ao primeiro emprego para este jovem teve como base outro fenômeno percebido ao longo dos últimos 10 anos trabalhando com recrutamento e seleção em Sete Lagoas e região. Este fenômeno são inúmeros jovens das cidades vizinhas que migram para Sete Lagoas sem a companhia dos pais em busca de melhores oportunidades de empregos e estudos, sendo que muitos se destacam nas primeiras oportunidades de empregos que às vezes são rejeitadas pelos jovens de Sete Lagoas, fazendo destas primeiras oportunidades um trampolim para o crescimento dentro do mercado de trabalho de Sete Lagoas.

Uma das frases que marcou este fenômeno foi de três jovens de 18 anos, que mudaram para Sete Lagoas para trabalhar em um novo supermercado chegando à cidade. Ao perguntar, como fariam morando sozinhas, pela primeira vez em uma república de cinco garotas, a resposta de uma delas foi: Agora teremos que lavar, passar, arrumar, cozinhar, pagar aluguel, dividir e controlar as despesas e ainda estudar, porque agora não tem nada de papai e mamãe!

Bacharel em Administração pela UNIFEMM – Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela faculdade SENAC – BH – Graduando em Psicologia - Consultor RH – Especialista em Gestão estratégica de Pessoas. Consultor em Sete Lagoas e região da Rede de Recrutadores do Brasil. Diretor de Comunicação e Eventos da CDL Sete Lagoas. Administrador da agência APOLO – www.APOLO.srv.br



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