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Coluna / Relacionamento / Neurocientista defende semelhança entre dependência de drogas e de amor

Em entrevista a jornalista Renata Pinheiro, para o GNT, o neurocientista Larry Young comparou a dependência de drogas com a dependência de amor. O especialista é estudioso da “química do amor” e escreveu junto com Brian Alexander o livro "A química entre nós", da Editora Record, que fala de amor e vício. 

Para Young “Assim como um viciado em drogas não tem mais "paixão" pela droga, mas precisa da droga para se sentir bem, quem ama já não sente o mesmo desejo urgente, mas ainda precisa estar com o outro para se sentir bem. É por isso que faz tanta falta quando um fica longe do outro”, compara.

O neurocientista diz ainda que o livro escrito por ele fala da possibilidade de uma “vacina” para o amor. Porém, Larry concorda que a melhor opção para a cura de um coração partido ainda é um novo amor.

Assim como o dependente químico, que não consegue viver sem a droga, existem muitas pessoas que são dependentes de afeto, carinho e atenção. Essa dependência afetiva faz com que essas pessoas entrem em colapso quando são afastadas das pessoas de quem “dependem”.

Quando crianças, sabemos que dependemos de nossos pais para satisfazer nossas necessidades básicas. À medida que vamos crescendo desenvolvemos nossa auto-estima e autoconfiança e reafirmamos a cada dia a importância de nossa individualidade. Algumas pessoas não passam por esse processo de forma tão positiva e acabam se tornando adultos inseguros e dependentes.

O ser humano que é dependente emocional precisa de aprovação, aceitação e reconhecimento do outro para lidar com as situações da vida. Muitas vezes não acredita no seu próprio valor e não se sente capaz de tomar decisões e fazer escolhas independentes. Por isso, muitas vezes, aceita relações destrutivas como um prêmio de consolação.

Depender de alguém que te faz bem e te traz felicidade pode não ser o pior dos males. Mas exigir na sua vida a presença de alguém que não te traz coisas boas e não valoriza a sua presença pode não ser uma boa escolha.

Nos relacionamentos isso acontece bastante. Um só age com a “aprovação” do outro. A preocupação com o que o outro vai pensar a respeito de cada atitude faz com que a pessoa esqueça de si e viva somente para o outro.

Dependência química ou emocional/afetiva são doenças e devem ser tratadas. O primeiro passo é reconhecer que precisa de ajuda e logo após buscar um profissional que possa lhe auxiliar.

Relacionamento é doação, companheirismo e troca. Porém, se você não está bem o suficiente consigo não conseguirá fazer o outro feliz de forma intensa. Saber amar a si é muito importante para saber amar o outro. “Quanto maior for nossa capacidade de vivermos bem sozinhos, mais preparados estaremos para a convivência com o outro”.

Até a próxima!

Dúvidas e sugestões envie um email para juliananunes@setelagoas.com.br.

Juliana Nunes é Publicitária. Adora escrever sobre relacionamentos porque considera o tema essencial para o sucesso pessoal, profissional e familiar. Além de ser um assunto muito discutido, principalmente entre as mulheres, que muitas vezes sofrem por não saber como agir diante das situações cotidianas.



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