Representantes da Prefeitura de Sete Lagoas se reuniram com docente do Instituto de Geociências do departamento de Geologia da UFMG, na tarde desta terça-feira (28), para trazer mais informações sobre os abalos sísmicos que andam sacudindo a cidade.
O professor Paulo Roberto Antunes Aranha apontou, em reunião virtual, que abalos acontecem como “enxames”: tem um período de frequência mas podem ficar anos sem aparecer. Neste caso, Sete Lagoas teria que investir na detecção dos sismos para entender a real causa deles. O docente ainda apontou quais seriam as tecnologias necessárias para essa implementação.
Segundo o secretário de Meio Ambiente Edmundo Diniz, um sismógrafo temporário da Universidade de São Paulo (USP) foi instalado em uma fazenda da cidade: “Quinzenalmente um funcionário extrai os dados para análise. Nenhum município tem essa expertise, apenas os centros sismológicos. Por isso queremos saber quais equipamentos precisamos ter aqui para registrar esses dados em parceria com as universidades”, pediu o secretário.
Foco dos abalos seria em um mesmo ponto
Ainda segundo o professor Paulo Roberto, os estudos e detecções dos sismos acontecidos em Sete Lagoas apontam que eles estão em um mesmo ponto: “A margem de erro é de metros a poucos quilômetros. Mas apenas os equipamentos instalados no local poderão trazer informações mais precisas, com poucos metros de diferença”, afirma.
Técnicos da prefeitura e estudos apontam o solo cárstico da cidade, que já teve episódios de afundamento de terreno, mas nunca tremores. Ainda segundo o executivo, a ideia é que o sistema de sismografia esteja logo em funcionamento para dar respostas mais concretas à população: “Não estamos inertes, mas estamos trabalhando na busca por resultados. Por isso peço agilidade na elaboração desse projeto”, afirma o secretário de Obras Antônio Maciel.
Da redação com Prefeitura de Sete Lagoas