O aclamado espetáculo teatral “SAGA – Uma História do Povo Preto” retorna aos palcos de Sete Lagoas neste sábado (10), às 19h, no Teatro Preqaria. A Preqaria Cia de Teatro, com sede na cidade desde 2014 e raízes em Belo Horizonte, convida o público de todas as idades para uma imersiva experiência que celebra a resistência e a rica cultura afro-brasileira. A peça, que será apresentada no Centro Cultural Nacional Teatro Preqaria, tece uma narrativa envolvente que entrelaça história, mitologia e diversos aspectos culturais, prometendo uma profunda reflexão sobre a jornada do povo preto.

“SAGA” embarca em uma viagem pela trajetória do negro africano, desde suas cosmovisões ancestrais até o Brasil contemporâneo. Apesar da seriedade do tema, a montagem equilibra a densidade com momentos de leveza, como a espirituosa adaptação da história de Ananse, o astuto Deus Aranha da África Central, que desafia o poderoso Nyame em uma das cosmogonias africanas.
Um dos grandes diferenciais do espetáculo é a abordagem acessível de temas complexos como o racismo estrutural para o público infanto-juvenil. A peça já impactou mais de 5 mil crianças a partir de 6 anos em apresentações escolares, demonstrando seu potencial educativo e transformador.
A narrativa não se esquiva de abordar a dolorosa história da invasão, da ganância, da escravização e do extermínio dos negros, conectando esses eventos históricos com a persistência do racismo estrutural na sociedade atual. A companhia questiona a narrativa histórica tradicional, que por muito tempo silenciou a história dos “vencidos”, contribuindo para a marginalização e a perpetuação de estereótipos negativos sobre negros e indígenas. A peça ilustra como esse legado histórico se manifesta hoje no racismo estrutural, presente em relações hierárquicas no trabalho e em interações cotidianas, limitando oportunidades e perpetuando desigualdades.

Em cena, “SAGA” apresenta exemplos concretos desse racismo muitas vezes invisível, como o olhar de suspeita em um supermercado ou a concentração de pessoas negras em cargos operacionais, com pouca ou nenhuma representatividade em posições de liderança.
Para dar vida a essa rica tapeçaria narrativa, a Preqaria Cia de TeatroDialoga com diversas áreas do conhecimento, como história, antropologia e ficção, integrando ao teatro a música, relatos de costumes, crenças e questões sociais cruciais para a memória coletiva. A linguagem cênica explorada pelo grupo, fruto de mais de uma década de pesquisa, inclui o uso expressivo de máscaras, o encantamento do teatro de sombras e a força simbólica do teatro de objetos. A dramaturgia aberta e contemporânea estabelece um diálogo direto com o público, abraçando a grandiosidade épica das narrativas, mas também se aprofundando em cenas dramáticas que exigem dos atores a construção de personagens bem definidos.

Os ingressos para esta apresentação, que tem classificação livre com recomendação para maiores de 8 anos, já podem ser adquiridos antecipadamente através do WhatsApp pelo número (31) 98894-4243.
Com uma trajetória de 18 anos dedicados à investigação da “precariedade da existência humana” através de diversas linguagens cênicas, a Preqaria Cia de Teatro se consolidou como um importante agente cultural. Fundada em Belo Horizonte em 2006 e estabelecida em Sete Lagoas desde 2014, a companhia coleciona prêmios, parcerias internacionais e participações em festivais de destaque. Em Sete Lagoas, a Preqaria desempenhou um papel fundamental na transformação do cenário teatral local, através de projetos como a “Temporada de Teatro de Sete Lagoas” e, principalmente, com a Escola Livre de Artes, que há 15 anos forma artistas e cidadãos.
Serviço:
- Espetáculo: “SAGA – Uma história do povo preto”
- Classificação: 8 anos
- Data: 10 de Maio de 2025 (Sábado)
- Horário: 19h
- Local: Centro Cultural Nacional Teatro Preqaria (Rua Aleixo Lanza, 41, Canaã, Sete Lagoas MG)
- Ingressos: Vendas pelo Whatsapp: 31 98894-4243
Não perca a oportunidade de vivenciar essa poderosa e emocionante jornada teatral que celebra a resistência e a cultura afro-brasileira, convidando à reflexão sobre o passado e o presente.