A Spirit Airlines anunciou, na quarta-feira (22/1), a atualização de seu contrato de transporte, trazendo novas diretrizes sobre vestimenta para passageiros e tripulantes. A companhia determinou que passageiros não poderão embarcar descalços ou vestidos de maneira considerada “inadequada”. Caso descumpram as regras, podem ser impedidos de viajar ou até convidados a deixar a aeronave.
Além disso, a nova política proíbe o embarque de passageiros que apresentem odores desagradáveis, exceto quando decorrentes de uma deficiência qualificada. Para a tripulação, as restrições são ainda mais rigorosas: não serão permitidas roupas transparentes que exponham partes íntimas, como seios e nádegas, nem vestimentas com arte corporal obscena ou ofensiva.
A Spirit Airlines defende que essas regras visam garantir um ambiente mais confortável e respeitoso para todos a bordo, prevenindo desconfortos e promovendo a harmonia entre os passageiros e a equipe. Mas será que essas medidas são realmente necessárias ou acabam impondo restrições excessivas?
Outras companhias também possuem regras semelhantes
A Spirit Airlines não é a única empresa a estabelecer diretrizes sobre vestimenta. Algumas companhias internacionais seguem políticas similares:
✈ American Airlines: pode negar o embarque a passageiros que usem roupas consideradas inadequadas ou ofensivas.
✈ United Airlines: já impediu passageiros de embarcarem por usarem leggings, com base em regras aplicadas a viajantes com passes de funcionários.
✈ Southwest Airlines: tem um histórico de solicitações para que passageiros troquem de roupa caso estejam vestindo trajes considerados muito reveladores.
✈ Qatar Airways: exige um código de vestimenta rigoroso para seus funcionários, incluindo maquiagem e uniforme impecáveis.
Essas companhias alegam que as regras mantêm um padrão de decoro e respeito dentro da aeronave, mas há quem questione até que ponto essas imposições são justificáveis.
E no Brasil? Há restrições para passageiros?
No Brasil, as companhias aéreas não costumam impor regras rígidas de vestimenta para passageiros, focando mais na segurança e no conforto geral a bordo. No entanto, há regulamentações específicas para funcionários.
As empresas aéreas brasileiras seguem um código de vestimenta para seus tripulantes, especialmente aqueles que lidam diretamente com os passageiros, como comissários de bordo e pilotos. Uniformes padronizados são comuns e ajudam a reforçar a identidade da empresa. A Azul Linhas Aéreas, por exemplo, exige o uso de uniformes específicos para seus funcionários.
Nos últimos anos, houve um movimento de flexibilização nessas regras, especialmente para as comissárias de bordo. Algumas companhias já aboliram a exigência de salto alto e passaram a permitir o uso de calças e sapatilhas, priorizando o conforto das profissionais durante os voos.
Restrições são necessárias ou exageradas?
A polêmica em torno do código de vestimenta levanta um debate: até que ponto as companhias aéreas devem interferir na forma como os passageiros se vestem? De um lado, há o argumento de que regras como essas garantem um ambiente mais confortável e respeitoso. Do outro, muitos acreditam que a escolha da vestimenta deve ser uma questão de consciência individual, desde que não afete diretamente o bem-estar dos demais passageiros.
E você, o que acha? As empresas aéreas devem estabelecer regras de vestimenta ou isso deve ficar a critério de cada passageiro?