São Paulo — O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou na Câmara Municipal de São Paulo dois projetos de lei que preveem a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por professores da rede municipal de ensino, além da realização periódica de exames toxicológicos.

Segundo a proposta, os docentes deverão utilizar câmeras durante as aulas e em todas as interações com alunos, tanto dentro quanto fora das dependências escolares. As imagens captadas seriam registradas com numeração única, garantindo a identificação dos profissionais e permitindo, sempre que possível, o rastreamento em tempo real dos equipamentos.
Rubinho justifica a medida como uma forma de proteger os professores, resguardando suas versões em eventuais conflitos com estudantes. “É inadmissível que ainda hoje professores sejam ameaçados ou agredidos em sala de aula”, afirmou. Ele também acredita que os registros audiovisuais podem ajudar a preservar a integridade do ambiente escolar, servindo como instrumento para avaliar métodos de ensino e a condução das aulas.
O vereador comparou a proposta ao uso de câmeras corporais por policiais militares, argumentando que o mesmo princípio de transparência e proteção poderia ser aplicado no setor educacional.
Além disso, Rubinho apresentou outro projeto que torna obrigatória a realização de exames toxicológicos de ampla detecção (por amostras de cabelo, unhas ou pelos) para os professores. O teste seria exigido na admissão, no desligamento e anualmente, por sorteio.
O parlamentar destacou que o consumo de substâncias psicoativas compromete o desempenho profissional e que, assim como motoristas de transporte público são submetidos a esses exames, professores — que atuam com crianças e adolescentes em formação — também deveriam ser monitorados.
Durante uma sessão recente na Câmara, Rubinho abordou o tema em meio à votação do reajuste salarial dos servidores municipais, ocasião em que teve embates com sindicalistas da educação. Na tribuna, ele exibiu cartazes com a frase “greve é vagabundagem”, reforçando sua posição crítica em relação aos protestos.
com informações do Metrópoles