De acordo com fontes diplomáticas, o ministro mencionou um artigo da secretária publicado em agosto na revista Foreign Affairs, no qual ela ressalta o Brasil e a Índia como grandes nações e destaca a importância da reforma do Conselho de Segurança da ONU. No texto, Condoleezza não explicita o apoio ao Brasil, mas diplomaticamente isso pode ser interpretado como um sinal de apoio à causa brasileira.
Condoleezza também quis saber de Amorim como está a situação na Bolívia e ressaltou a importância do diálogo para resolver os conflitos no país. Ela pediu um relato da reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), realizada recentemente em Santiago, no Chile.
Os representantes dos dois países manifestaram o interesse no desenvolvimento econômico e social do Haiti. Amorim relatou a Condoleezza o desejo de empresários do setor têxtil brasileiro em investir no Haiti, com objetivo de exportar para os Estados Unidos. Para tanto, é preciso que os Estados Unidos flexibilizem suas regras de importação. A secretária disse que o assunto será examinado pelo país.
Amorim reforçou o convite para que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, participe de uma conferência internacional sobre biocombustíveis que será realizada em São Paulo, entre os dias 17 e 21 de novembro. Amorim e Rice também falaram sobre o Oriente Médio, especialmente sobre o processo de paz em Israel.
A chegada de Condoleezza à sede da ONU foi acompanhada de um forte esquema de segurança da polícia de Nova York. Além de diversos veículos e um helicóptero fazendo a escolta do carro da secretária, o acesso a pé nas proximidades do local foi interditado por cerca de 10 minutos. Até autoridades foram barradas.