As negociações entre o governo brasileiro e a Foxconn, para implantação da unidade no Brasil, estão num impasse por conta da tecnologia a ser usada na fábrica de LCD, para produção das telas de cristal líquido. Segundo informações do Folha de São Paulo, enquanto o governo Dilma exige que a empresa use na futura unidade brasileira sua tecnologia de última geração, a taiwanesa, que fabrica os produtos da Apple, resiste.
Enquanto os modelos antigos de telas LCD são iluminados por lâmpadas fluorescentes, a Foxconn produz telas com a versão mais moderna, iluminada por LEDs. Já a tecnologia mais avançada, chamada OLED, usa compostos orgânicos que se autoiluminam, permitindo telas mais finas e até flexíveis.
Por falta de acordo sobre a tecnologia adotada, após um ano e três meses do anúncio oficial do investimento da Foxconn no Brasil, que poderia inclusive vir para Sete Lagoas, ou para a vizinha Funilândia, o Brasil disse ao grupo Foxconn que não irá financiar o projeto por meio do BNDES.
O investimento previsto será de US$ 12 bilhões e foi anunciado em abril de 2012. A questão tecnológica foi objeto de polêmica desde o início do negócio. A Foxconn deseja entrar no projeto apenas com sua tecnologia antiga, enquanto o governo defende que a unidade precisa oferecer tecnologia avançada, que permita produzir unidades de diversos tamanhos. Enquanto isso nada está definido.
Da redação