O site “Fica lá em casa” oferece hospedagem colaborativa. Anfitriões e hóspedes se cadastram no empreendimento digital e agendam os períodos em que vão ficar nos espaços colocados à disposição por proprietários de casas e outros imóveis. O preço das diárias é combinado entre eles e o site é remunerado pelo hóspede (12%) e anfitrião (3%), de acordo com o valor. A hospedagem colaborativa fica 80% mais barata do que em hotéis e pousadas. Serviços como café da manhã, acesso à internet e lavanderia, entre outros, são combinados diretamente entre anfitriões e hóspedes.
Embora há pouco tempo no mercado, o empreendimento digital Fica lá em Casa já possui 180 espaços cadastrados, principalmente na cidade do Rio de Janeiro e na capital paulista. Entre eles, há quartos, suítes, casas de praia ou de campo, quintais e até sofá na sala do anfitrião cadastrado. Cinquenta e cinco por cento são casas e 45%, espaços ociosos. A hospedagem colaborativa fica 80% mais barata em relação aos hotéis.
Até o momento, a maioria dos hóspedes do Fica lá em Casa são brasileiros. A internacionalização da clientela deverá ocorrer, a partir do próximo ano, segundo Leandro. “No consumo colaborativo, a posse é substituída pelo uso compartilhado, evitando a exploração de recursos naturais”, explica. A construção de novos hotéis e pousadas significa pegadas ecológicas enormes, isto é, emissão de gases de efeito estufa, observa o empresário. A construção civil é responsável por 40% dos impactos ambientais no planeta, lembra.
Além do aspecto ambiental, Leandro destaca que a hospedagem colaborativa é vantajosa em termos culturais para ambos os lados. O anfitrião propicia experiência inédita ao hóspede, que pode conhecer a rotina de um lar brasileiro. Além da renda extra, a convivência com o turista de outra região ou país poderá significar ganho cultural para o anfitrião.
Desde o lançamento do empreendimento digital, o número de espaços cadastrados cresceu 120%. Eles estão nas regiões sudeste, sul, nordeste e centro oeste. O Rio é destino campeão, informa Leandro. A maioria dos hóspedes está na faixa etária próxima de 30 anos e é formada por universitários. Há, também, pessoas com cerca de 50 anos, que gostam da proposta da hospedagem colaborativa.
A meta do empreendimento digital é aumentar o número de cadastrados em 200%, até o próximo ano. A segurança do anfitrião e do hóspede é a grande preocupação do negócio. Comunidades com perfis e afinidades começarão a ser construídas no site por meio de técnicas, que minimizarão problemas, diz o empresário. O depósito das diárias é realizado 24 horas antes da hospedagem e, em caso de não agradar o hóspede, o dinheiro é devolvido.
A validação da reserva é feita por meio do perfil no facebook, twitter e pay pall. Anfitriões e espaços recebem notas no site e geram reputação na internet. O termo de uso é assinado e validado por meio de celular e via correio. Esse empreendimento é pioneiro no Brasil, segundo Leandro, que pensa em agregar parceiros de serviços no futuro.
Fonte: Centro Sebrae de Sustentabilidade