Apenas 25% dos jovens possuem uma conta bancária digital e apenas 12% investiram em fintechs “financial technology” (tecnologia financeira, em português). No contexto atual, cada vez mais digitalizado, a educação financeira tornou-se uma habilidade essencial desde cedo. A Geração Z, que inclui os nascidos entre 1995 e 2010, vive imersa em um ambiente tecnológico que proporciona acesso imediato a uma vasta quantidade de informações. No entanto, mesmo com essas ferramentas digitais ao seu dispor, muitos dessa geração ainda demonstram uma gestão conservadora e deficiente de suas finanças pessoais.

Uma pesquisa recente realizada no Brasil oferece um panorama sobre como esses jovens administram seu dinheiro e destaca a necessidade urgente de uma educação financeira robusta desde a infância. De acordo com o levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), muitos jovens de 18 a 24 anos ainda enfrentam dificuldades significativas no controle de suas finanças pessoais.
Embora eles tenham acesso a várias ferramentas digitais, 47% dos jovens não se sentem seguros na gestão de suas finanças. Os principais motivos apontados para essa falta de controle incluem falta de conhecimento (19%), preguiça (18%), falta de hábitos e disciplina (18%) e ausência de renda (16%). Apesar da vasta gama de informações e recursos tecnológicos disponíveis, 26% ainda recorrem a métodos tradicionais, como blocos de notas, para organizar seu orçamento.
O estudo também revela que 78% dos jovens têm alguma fonte de renda. Dentre eles, 36% possuem empregos formais, enquanto 23% trabalham de forma informal ou autônoma. No entanto, 22% dos entrevistados não possuem nenhuma renda. Entre os jovens que relataram ter dinheiro guardado, 52% utilizam métodos tradicionais de poupança, como contas de poupança (53%), manter o dinheiro em casa (25%) ou contas correntes (20%).
Essa abordagem conservadora em relação aos investimentos reflete uma carência de educação financeira adequada, uma vez que esses métodos geralmente oferecem retornos baixos ou inexistentes. Por outro lado, entre os jovens que não conseguem poupar, 51% mencionam que nunca têm dinheiro sobrando, 22% não têm disciplina para poupar e 19% se sentem desmotivados pela falta de perspectivas de longo prazo.
Da Redação com Por Dentro de Tudo