O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para informar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. Esse sistema reflete o custo variável da produção de energia, levando em conta a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
Pela primeira vez em mais de três anos, foi acionada a bandeira vermelha patamar 2. O anúncio feito pela ANEEL para o mês de setembro e indica maiores custos para a geração de energia elétrica, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo economistas, o aumento na fatura pode variar entre 10% a 13% este mês.
A bandeira vermelha patamar 2 foi ativada devido à previsão de chuvas abaixo da média em setembro, o que deve resultar em uma afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país cerca de 50% abaixo da média. Esse cenário, somado às temperaturas acima da média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, que têm custo mais alto de geração, sejam acionadas com maior frequência. Os fatores que levaram à ativação da bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
Desde agosto de 2021, a bandeira vermelha patamar 2 não era acionada. Uma sequência de bandeiras verdes começou em abril de 2022 e foi interrompida apenas em julho de 2024, com a bandeira amarela, seguida por bandeira verde em agosto.
Com o sistema de bandeiras, os consumidores podem ajustar seu consumo de energia para ajudar a reduzir os custos de operação do sistema, minimizando a necessidade de acionar termelétricas. Antes desse sistema, o repasse dos custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais, sem que os consumidores tivessem a informação de que a energia estava mais cara naquele momento, impossibilitando uma reação ao aumento de preço.
A ativação da bandeira vermelha patamar 2 torna fundamental a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica. A orientação é utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
Da Redação com Aneel