A conta de luz está mais cara, devido à bandeira tarifária vermelha patamar 2 anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (30).
Impacto na conta de luz
A partir de agora, haverá um acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa mudança é resultado da previsão de baixa afluência nos reservatórios das hidrelétricas do Brasil, com estimativas apontando para níveis cerca de 50% abaixo da média.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projetou um aumento no Custo Marginal da Operação (CMO). Para a primeira semana de setembro, o custo estimado é de R$ 277,76 por megawatt-hora (MWh), um aumento significativo comparado aos R$ 94,25 por MWh da semana anterior, representando quase 200% de aumento.
Com a escassez de chuvas e temperaturas acima da média histórica em todo o país, as termelétricas, que têm um custo de geração mais elevado que as hidrelétricas, estão sendo acionadas com maior frequência.
Última ativação e contexto atual
A bandeira vermelha patamar 2 foi utilizada pela última vez em agosto de 2021, durante a crise hídrica. Em um comunicado recente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que as previsões indicam um cenário hídrico desafiador para os próximos meses.
Diante dessa situação, o ministério está avaliando diversas medidas, incluindo a possibilidade de ativar uma termelétrica conforme o acordo com a Âmbar Energia, estabelecido em 2021. No entanto, essa medida só será tomada após uma análise conclusiva do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os termos do acordo com a empresa do Grupo J&F.
Motivos para a bandeira vermelha
A decisão de alterar a bandeira tarifária é baseada em três fatores principais: o preço de liquidação das diferenças (PLD), onde o CMO é um componente-chave, o risco hidrológico (GSF) e a geração fora do mérito de custo (GFOM) — que ocorre quando usinas mais caras são acionadas além do custo determinado pelo PLD.
com informações do UOL