O setor público consolidado, que engloba a União, Estados, municípios e estatais, registrou um déficit de R$ 1,128 trilhão nos 12 meses até julho de 2024, conforme o relatório de Estatísticas Fiscais divulgado pelo Banco Central na sexta-feira, 30. Esse valor é o maior déficit nominal desde o início da série histórica, em 2001.
Comparado ao mês anterior, o saldo negativo aumentou em R$ 19,6 bilhões, subindo de R$ 1,108 trilhão para R$ 1,128 trilhão. O resultado nominal do setor público consolidado é a diferença entre receitas e despesas, incluindo os juros da dívida pública.
O déficit corresponde a 10,02% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, levando em conta o período de 12 meses até julho. O setor público consolidado destinou R$ 869,8 bilhões ao pagamento de juros da dívida, o que representa 77,1% do déficit nominal.
Déficit Primário
Ao excluir o pagamento de juros, o déficit primário do setor público consolidado foi de R$ 257,7 bilhões no acumulado de 12 meses até julho, registrando uma queda em relação ao déficit de R$ 272,2 bilhões observado até junho.
A Dívida Bruta do Governo Geral, que inclui o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos regionais, atingiu 78,5% do PIB em julho, aumentando 0,7 ponto percentual no mês. Em valores nominais, essa dívida chegou a R$ 8,8 trilhões, representando um aumento de 4,1 pontos percentuais ao longo do ano.
com Valor Econômico