Desde segunda-feira, 9 de setembro, quando os níveis de qualidade do ar começaram a ser medidos, São Paulo tem se mantido no topo. Naquele dia, o índice foi de 160, subindo para 158 na terça-feira e alcançando 183 na quarta-feira. Hoje, o índice foi registrado em 170, ainda o mais alto entre as cidades monitoradas.
Os dados são coletados por estações de medição operadas por governos, instituições de pesquisa e organizações sem fins lucrativos, utilizando padrões americanos para garantir uma comparação uniforme entre as cidades.
Dados sobre a qualidade do ar de São Paulo
Com um índice de 170, São Paulo ultrapassou cidades como Kinshasa, na República Democrática do Congo, com 152, e Karachi, no Paquistão, com 151. Outras cidades que figuram entre as dez com pior qualidade do ar incluem:
- Manama, Bahrein (134);
- Jakarta, Indonésia (126);
- Salt Lake City, EUA (126);
- Kolkata, Índia (119);
- Lahore, Paquistão (118);
- Guangzhou, China (115); e
- Doha, Catar (112).
Ar da Região Metropolitana de SP é classificado como ‘muito ruim’
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o ar na Região Metropolitana de São Paulo foi classificado como “muito ruim” nesta quinta-feira. Essa é a penúltima classificação na escala que considera os índices de poluentes, variando de “boa” a “péssima”.
Na manhã de hoje, das 22 estações de medição da Cetesb na Grande São Paulo, apenas uma, Marginal–Ponte dos Remédios, foi classificada como “muito ruim”. No dia anterior, 14 estações receberam essa classificação.
Outras áreas, como Carapicuíba, Cidade Universitária–USP–Ipen, Grajaú–Parelheiros, Guarulhos–Paço Municipal, Guarulhos–Pimentas, Ibirapuera, Interlagos, Itaim Paulista, Mauá, Nossa Senhora do Ó, Osasco, Parque Dom Pedro II, Santana, Santo Amaro e São Bernardo–Centro foram consideradas “ruins”.
Causas e consequências, segundo Cetesb
A qualidade do ar em São Paulo está comprometida devido à suspensão de material particulado, influenciada por condições meteorológicas desfavoráveis, como uma massa de ar seco que estacionou sobre a região metropolitana e deve persistir até sábado, 14.
Nessas condições, pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, além de idosos e crianças, podem ter seus sintomas agravados. A população em geral pode sentir ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca e cansaço. Recomenda-se reduzir atividades físicas intensas ao ar livre.
Classificação dos níveis de qualidade do ar
Os níveis de qualidade do ar definidos pela Cetesb são:
- Moderado: Grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço.
- Ruim: Toda a população pode sentir tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, com efeitos mais graves para grupos sensíveis.
- Muito ruim: Sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, além de falta de ar e respiração ofegante, podem se agravar para todos, com efeitos mais severos para grupos sensíveis.
- Péssima: Toda a população está em risco de desenvolver doenças respiratórias e cardiovasculares, com aumento de mortes prematuras entre os grupos sensíveis.
O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura alerta que a massa de ar seco sobre a Região Metropolitana de São Paulo deve persistir até sábado, mantendo temperaturas elevadas, baixa umidade e aumento no risco de queimadas. Essas condições não favorecem a dispersão de poluentes, contribuindo para a péssima qualidade do ar.
Previsão do tempo
Para esta quinta-feira, 12 de setembro, a previsão é de sol intenso, névoa seca e baixa umidade do ar. As temperaturas na capital paulista variam entre mínima de 19°C e máxima de 34°C.