A Justiça de São Paulo revogou o mandado de prisão temporária que havia decretado contra Henrique Moreira Lelis, um dos oitos integrantes da Mancha Alviverde, investigados pela emboscada contra a Máfia Azul, no último dia 27 de outubro, em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo.
As informações são da Rádio Itatiaia. A Polícia Civil e o Ministério Público concordaram com a argumentação de que Henrique estava no Rio de Janeiro no momento em que o ataque acontecia. Com isso, a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), na capital paulista, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, pediram para a Justiça cancelar a decretação da prisão temporária de Henrique, o que foi feito.
Foram apresentados pela defesa documentos como cartão de embarque de viagem no trecho entre Goiânia e Rio de Janeiro, comprovantes de táxi e imagens do homem em um supermercado na capital fluminense no dia 27 de outubro. A defesa também entregou à Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) o telefone celular de seu cliente a partir do qual o delegado responsável pela investigação requereu os dados de Estações de Radio Base (ERBS) que demonstraram que Henrique, de fato, não esteve no local dos acontecimentos.
“Diante das provas, o juiz decidiu. Em menos de 24 horas após o pedido de revogação da prisão temporária ter sido protocolado pela defesa, foi revogada a prisão temporária anteriormente decretada, corrigindo a injustiça contra um trabalhador que não possui antecedentes criminais ”, afirmou o advogado Arlei da Costa.
A Justiça manteve os decretos de prisões temporárias contra outros sete palmeirenses suspeitos de participarem da emboscada, que deixou um cruzeirense morto e 17 torcedores da Máfia Azul feridos.
Um dos sete palmeirenses da Mancha Alviverde, Alekssander Ricardo Tancredi, foi preso na última sexta-feira (1). Os outros seis integrantes da maior e principal torcida organizada do Palmeiras continuam foragidos. Entre eles, Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha, apontado pela investigação como o responsável por idealizar, planejar e executar a emboscada aos cruzeirenses, e Felipe Mattos dos Santos, vice-presidente da torcida.
com Rádio Itatiaia