O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (2) com uma valorização de 1,13%, cotado a R$ 6,065 na venda, alcançando o maior valor nominal de fechamento da história. Durante o dia, a moeda atingiu picos de R$ 6,087, ampliando os ganhos da sessão anterior.
A alta reflete, entre outros fatores, as declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que no último sábado (30) exigiu que os países do Brics — incluindo o Brasil — se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra que substitua o dólar. Trump ameaçou impor tarifas de 100% aos países que descumprirem essa exigência.
Além disso, o pacote fiscal anunciado na semana passada pelo governo brasileiro também influenciou o mercado. Embora o corte de R$ 71,9 bilhões em despesas tenha sido bem recebido, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha acima de R$ 5 mil foi amplamente criticada, o que gerou instabilidade cambial.
Cotações do dólar nessa segunda-feira:
- Dólar comercial:
- Compra: R$ 6,065
- Venda: R$ 6,065
- Dólar turismo:
- Compra: R$ 6,109
- Venda: R$ 6,289
Mercado internacional e interno
No mercado internacional, o dólar se valorizava em relação às moedas dos países do Brics e frente a outras divisas, com o índice da moeda americana subindo 0,22%, alcançando 106,270 às 17h25.
Internamente, o dólar à vista chegou à mínima de R$ 6,0052 às 9h15 e atingiu a máxima de R$ 6,0920 às 13h05. Analistas acreditam que a pressão de alta sobre a moeda deve continuar, embora o dólar possa recuar temporariamente para níveis abaixo de R$ 6.
Apesar do cenário desafiador, o Banco Central brasileiro não interveio no mercado de câmbio nesta segunda-feira.
Informações da Redação com agências de notícias/IA