Os Correios registraram um prejuízo de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro, o maior da história da estatal nesse período, segundo dados do Poder360. Mantido o atual ritmo, a empresa pode superar o déficit de R$ 2,1 bilhões de 2015, registrado durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
Fabiano Silva dos Santos, advogado de 47 anos e atual presidente da estatal, foi indicado pelo grupo Prerrogativas, alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde sua posse, as contas da empresa têm se deteriorado, com medidas que impactaram o orçamento significativamente.
Entre as ações polêmicas está a desistência de recorrer em processos trabalhistas que custaram à estatal R$ 1 bilhão em perdas acumuladas. Além disso, os Correios assumiram uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o fundo de pensão Postalis, cobrindo metade do déficit previdenciário.
Diante da deterioração financeira, os Correios estabeleceram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para o ano e adotaram medidas emergenciais, incluindo:
- Suspensão de contratações de terceirizados por 120 dias.
- Renegociação de contratos com redução mínima de 10% nos valores.
- Rescisão de contratos.
Apesar disso, a estatal projeta um prejuízo de R$ 1,7 bilhão para 2024. A receita prevista foi revista de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, reflexo, segundo os Correios, de dois fatores principais:
- Herança contábil da gestão anterior (2019-2022), que, no entanto, teve lucro em três dos quatro anos.
- Impacto da “taxa das blusinhas”, medida do Ministério da Fazenda que reduziu importações, afetando o volume de encomendas.
Os Correios afirmam que as medidas visam evitar a insolvência e recuperar o equilíbrio financeiro. O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga algumas dessas decisões administrativas.
Da Redação com Poder360/IA