O dólar iniciou a terça-feira (17) em alta e ultrapassou a marca de R$ 6,10. Às 9h09, a moeda norte-americana registrava avanço de 0,89%, sendo negociada a R$ 6,1462.
O movimento ocorre em meio à análise dos investidores sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta manhã. O documento reforça a perspectiva de que o Banco Central deve elevar a taxa básica de juros, a Selic, nas próximas reuniões agendadas para janeiro e março de 2025. Caso isso se confirme, a Selic poderá atingir 14,25% ao ano, patamar visto pela última vez durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016.
Cenário Internacional
Além das questões domésticas, os mercados também estão atentos ao cenário internacional, especialmente à decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que será divulgada nesta quarta-feira (18). A expectativa é que o Fed mantenha ou ajuste sua política monetária para combater a inflação no país, o que influencia diretamente o fluxo de investimentos globais e, consequentemente, a cotação do dólar frente a outras moedas, inclusive o real.
Outros Fatores de Pressão
- Incertezas fiscais no Brasil: A revisão da Reforma Tributária e os debates sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 têm gerado preocupações no mercado em relação ao controle dos gastos públicos.
- Desempenho do mercado externo: A alta do dólar também reflete o fortalecimento global da moeda americana, impulsionado por dados econômicos positivos nos Estados Unidos e pelo aumento da aversão ao risco em economias emergentes.
Histórico Recente
O dólar já vinha apresentando uma trajetória de valorização nas últimas semanas, fechando na segunda-feira (16) em R$ 6,09, mesmo com intervenções do Banco Central no mercado de câmbio. As atuações, que incluem a venda de reservas internacionais ou contratos de swap cambial, têm como objetivo reduzir a volatilidade, mas nem sempre conseguem conter o avanço da moeda.
Expectativas
Para os próximos dias, o mercado seguirá monitorando:
- Decisão do Fed sobre os juros nos EUA.
- Desenvolvimentos fiscais no Brasil, incluindo as negociações sobre o controle de gastos.
- Tendências globais que afetam moedas de países emergentes, como o real.
Com o ambiente de incerteza, especialistas recomendam cautela aos investidores e destacam que a volatilidade pode permanecer elevada no curto prazo.
Da Redação
Fonte: Itatiaia