O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou, nesta sexta-feira (27), a liberdade provisória das quatro jogadoras do River Plate que estavam presas desde o dia 20 de outubro. As atletas foram detidas em flagrante durante uma partida contra o Grêmio, no estádio do Canindé, em São Paulo, sob acusação de injúria racial.
O juiz Fernando Oliveira Camargo decidiu que Candela Agustina Díaz, Milagros Naiquen Díaz, Camila Ayelen Duarte e Juana Cangaro devem pagar R$ 25 mil ao gandula Kayque Rodrigues, identificado como vítima, em até cinco dias. Além disso, as atletas estão proibidas de deixar o Brasil enquanto o processo segue em andamento.
O caso ocorreu durante a partida válida pela Ladies Cup, quando, aos 38 minutos do primeiro tempo, Maria, do Grêmio, empatou o jogo. Após o gol, houve uma confusão, e imagens registraram ao menos uma jogadora do River fazendo gestos racistas em direção ao gandula. Jogadoras brasileiras também relataram terem sido alvo de xingamentos racistas.
A partida foi encerrada antes do tempo regulamentar, resultando em múltiplas expulsões e na eliminação do River Plate, que foi suspenso da competição por dois anos. Tanto o Grêmio quanto o River Plate emitiram notas de repúdio aos atos discriminatórios.
No dia seguinte ao jogo, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, agora revogada pela decisão judicial. Os advogados das atletas argumentaram que “este não é o momento de examinar o mérito das acusações, mas, igualmente, a prisão antes decretada não tinha fundamento para ser mantida”. As jogadoras, agora em liberdade, aguardarão o desenrolar do inquérito policial.
Da Redação com O Tempo