Foi encontrada morta na manhã de quinta-feira (13) Deise Moura dos Anjos (42 anos), acusada de matar três pessoas da família do marido após comerem um bolo de frutas cristalizadas envenenado com arsênio, na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
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A mulher estava presa preventivamente desde 5 de janeiro. A informação foi confirmada pelo chefe de Polícia, Fernando Sodré. Segundo nota da Polícia Penal gaúcha, Deise foi encontrada nesta manhã, “durante a conferência matinal”. De acordo com a Rádio Gaúcha, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que constatou a morte. Ela estava sozinha na cela.
Deise era investigada pela morte de três pessoas da mesma família, no dia 23 de dezembro de 2024, em Torres, litoral gaúcho. As vítimas comeram um bolo envenenado com arsênio no dia 23 de dezembro do ano passado. Ela também era suspeita do falecimento do sogro, ocorrido em setembro de 2024.
O caso
De acordo com a Polícia Civil gaúcha, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde na antevéspera do Natal de 2024, quando seis começaram a passar mal após consumirem pedaços de um bolo. Um deles não ingeriu o doce. Zeli dos Anjos, que preparou o alimento, em Arroio do Sal, e levou para Torres, também foi hospitalizada.
Três mulheres morreram em intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital. Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada “choque pós-intoxicação alimentar”.
Deise era casada com Diego Silva dos Anjos, filho de Zeli, e morava em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela era suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.
Após suspeitas, a polícia solicitou a exumação do corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise. Paulo faleceu em setembro de 2024, sob suspeita de uma infecção intestinal, após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele por Deise. A perícia confirmou que ele foi envenenado com arsênio, e os níveis encontrados no corpo eram letais, caracterizando envenenamento por ingestão oral.
A polícia confirmou que Deise comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses. Uma das compras ocorreu antes da morte do sogro e as outras três, antes da morte de três pessoas que consumiram o bolo envenenado. O veneno teria sido recebido pelos Correios. O documento estava salvo no celular da suspeita, apreendido durante a investigação.
com informações de Rádio Gaúcha