Entre demitidos e admitidos, o Caged contabilizou saldo negativo de 101.748 postos de trabalho fechados – o pior janeiro da história, em termos absolutos. O número, no entanto, é 6,4 vezes menor do que o saldo negativo registrado em dezembro do ano passado (654.956 postos fechados). O volume de admissões entre dezembro e janeiro cresceu em quase 330 mil novos postos de trabalho.
A diminuição do ritmo de demissões e o aumento das contrações animou o ministro Carlos Luppi a anunciar que a economia “não caminha na catástrofe anunciada” e que as demissões ficaram em patamar “bem menor que as previsões”. Para Luppi, “recomeça o aquecimento da contratação”. Nós últimos 12 meses, foram gerados 1.207.535 empregos (crescimento de 3,94%).
Carlos Luppi destacou que quatro setores da economia e oito estados tiveram balanços positivos em janeiro. A construção civil janeiro tem saldo de mais de 11 mil novos trabalhadores, o setor de serviços aumentou em mais 2.452 empregados, a administração pública teve alta de 2.234 postos e os chamados “serviços industrias de utilidade pública” (tais como telefonia, energia e saneamento) abriram 713 vagas a mais do que desligamentos.
A Região Sudeste (com saldo negativo de 85.739 postos de trabalho), o Nordeste ( com menos 24.323) e o Norte (com menos 9.569 postos) tiveram desempenho reverso do Sul e Centro-Oeste. Os três estados mais desenvolvidos, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, concentraram 80% das demissões – só São Paulo representou 38% do universo de demissões formais.