O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no país calculado mensalmente, apresentou alta de 1,31% em fevereiro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12).
Esse aumento representa a maior variação para um mês de fevereiro nos últimos 22 anos, superado apenas pelos 1,57% registrados em 2003. Além disso, é a taxa mais elevada desde março de 2022, quando atingiu 1,62%. O principal fator para essa elevação foi o aumento de 16,80% na energia elétrica residencial, responsável por um impacto de 0,56 ponto percentual (p.p.) no índice.
Mensalidade escolar e conta de luz pressionam o orçamento
Dentre os nove grupos analisados pelo IBGE, o setor de Educação registrou a maior alta, com avanço de 4,70%. Esse aumento foi impulsionado pelos reajustes anuais nos cursos regulares, que subiram 5,69%. Os segmentos que mais contribuíram foram o ensino fundamental (7,51%), o ensino médio (7,27%) e a pré-escola (7,02%).
Já o grupo Habitação apresentou crescimento de 4,44%, sendo o principal responsável pelo impacto no índice geral (0,65 p.p.), refletindo a alta de 16,80% na energia elétrica residencial. Esse reajuste ocorreu após a queda de 14,21% registrada em janeiro, decorrente da incorporação do Bônus de Itaipu.
Aumento no preço de alimentos e combustíveis
Os grupos Alimentação e Bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%) também tiveram influência significativa na inflação de fevereiro, respondendo, junto com Educação e Habitação, por 92% da variação do IPCA no período.
No setor de alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio apresentou alta de 0,79%, desacelerando em relação ao aumento de 1,07% registrado em janeiro. Contribuíram para esse resultado as elevações nos preços do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). Em contrapartida, a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%) registraram queda de preços.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,47%, também mostrando desaceleração em comparação a janeiro (0,67%). Os subitens lanche (0,66%) e refeição (0,29%) apresentaram variações menores que as observadas no mês anterior (0,94% e 0,58%, respectivamente).
No grupo Transportes (0,61%), a alta foi impulsionada principalmente pelo aumento no preço dos combustíveis, que tiveram um acréscimo médio de 2,89%. O óleo diesel subiu 4,35%, o etanol 3,62% e a gasolina 2,78%, enquanto o gás veicular foi o único item a registrar queda (-0,52%).
Da Redação com informações da Itatiaia