A Polícia Civil do Maranhão iniciou uma investigação para apurar possíveis irregularidades na Gincana da Mulher 2025, realizada no último sábado (29) em Coelho Neto-MA. Durante o evento, que tinha como público principal mulheres, crianças e adolescentes, dançarinos conhecidos como go go boys se apresentaram com performances de teor sensual.
Vídeos do momento começaram a circular nas redes sociais, exibindo os bailarinos realizando coreografias eróticas e interagindo com o público. Em uma das gravações, um dos dançarinos aparece vestido como bombeiro civil.

Evento promovido pela Secretaria da Mulher
Organizado pela Secretaria Municipal da Mulher, sob o comando de Flaynie Rego, o evento fazia parte das comemorações do Mês da Mulher e tinha como proposta promover o empoderamento feminino. Segundo a prefeitura, a programação incluiu torneios esportivos, apresentações culturais e a primeira marcha contra o feminicídio.
Ainda conforme a administração municipal, a gincana contou com a participação direta e indireta de cerca de 500 mulheres, distribuídas em quatro equipes. No entanto, os comunicados oficiais não mencionam a contratação dos go go boys.
No site da prefeitura, a divulgação do evento destacava o compromisso da Secretaria da Mulher com a valorização feminina e o fortalecimento da sororidade, além de prometer “alegria, empoderamento e entretenimento”. Até o momento, a gestão do prefeito Bruno Silva (PP) não se pronunciou sobre a polêmica.
Polícia apura participação de menores no evento
Diante da repercussão, a Polícia Civil instaurou um procedimento para ouvir testemunhas e membros da Secretaria da Mulher nos próximos dias. O delegado Diego Rocha, responsável pelo caso, confirmou que uma denúncia foi formalizada no Ministério Público do Maranhão.
A corporação divulgou uma nota informando que as imagens do evento estão sendo analisadas e que as primeiras testemunhas já começaram a ser ouvidas.
Caso seja comprovada a presença de menores de idade durante a apresentação, a Polícia Civil poderá abrir um inquérito criminal, e os organizadores do evento poderão ser responsabilizados com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
com CNN Brasil e O Globo