Pela primeira vez na história do Brasil, o número de mulheres que se tornam mães após os 40 anos superou o de adolescentes que engravidam. Segundo dados do IBGE, entre 2010 e 2022, os nascimentos de filhos de mulheres entre 40 e 49 anos cresceram 65,7%, passando de 64 mil para 106,1 mil. Já os nascimentos de bebês de mães entre 10 e 19 anos caíram 42,9% no mesmo período, de 552,6 mil para 315,6 mil.

Esses dados integram as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas pelo IBGE, que apontam para mudanças significativas no perfil das mães brasileiras. A pesquisa completa pode ser acessada no site oficial do instituto, por meio do link: Estatísticas do Registro Civil – IBGE
O cenário reflete transformações sociais importantes, como o avanço da escolarização feminina e o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho. Em 2022, por exemplo, as mulheres representavam 60,3% dos concluintes de cursos presenciais de graduação e tinham taxa de participação na força de trabalho de 53,3%, conforme dados da mesma instituição.
Esse contexto tem levado muitas mulheres a adiarem a maternidade em busca de maior estabilidade pessoal, profissional e financeira. Ao mesmo tempo, a redução da gravidez na adolescência também está associada ao maior acesso à educação sexual e a métodos contraceptivos, além de políticas públicas voltadas à juventude.
Essas mudanças reforçam a importância de políticas de saúde e planejamento familiar que acompanhem a evolução dos perfis reprodutivos no país, respeitando as novas escolhas e realidades das mulheres brasileiras.
Da Redação com IBGE