Investigação da Aeronáutica concluiu que o acidente que matou em agosto passado o ex-governador de Pernambuco e então candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, foi causado por uma sequência de falhas do piloto da aeronave, Marcos Martins, informou nesta sexta, 16, o jornal “O Estado de S. Paulo”.
Segundo a publicação, ao se ver obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, o piloto operou os aparelhos da aeronave em desacordo com as recomendações do fabricante e acabou sofrendo o que é tecnicamente descrito como “desorientação espacial”, quando o piloto deixa de ter noção da posição do avião em relação ao solo.
A conclusão do relatório da Aeronáutica, ainda segundo o “Estadão”, baseou-se em informações dos últimos segundos do voo, quando o avião caiu em ângulo acentuado e em “potência máxima”.
Especialistas já indicavam que uma situação como essa poderia ocorrer por dois motivos: porque o piloto perdera o controle da aeronave, ou porque achava que estava subindo, sem perceber que o avião na verdade embicava para baixo.
Na última comunicação feita com sucesso com a torre de controle de Santos (72 km de São Paulo), o copiloto da aeronave, Geraldo Cunha, confirmou que o avião iria arremeter. A manobra era necessária por causa do mau tempo no local, havia chuva, vento e visibilidade baixa.
Cunha ficou de dar um retorno à torre de comando sobre como ele e o piloto Marcos Martins iriam proceder depois de desistir do pouso, mas ficaram incomunicáveis. Pouco depois, o jato caiu, matando as sete pessoas que estavam a bordo.
Com Folhapress