As exportações mineiras bateram novos recordes. Em setembro, as vendas ao exterior totalizaram US$ 2,82 bilhões, superando o resultado histórico registrado em julho (US$ 2,66 bilhões) e fazendo desse mês o melhor de todos os tempos para a colocação de produtos no mercado internacional. O valor das exportações acumuladas no ano chegou a US$ 18,62 bilhões, superando, antes do início do último trimestre, o resultado somado dos doze meses de 2007 (US$ 18,35 bilhões), até então o melhor da história do Estado.
O Estado não mostra apenas números brutos expressivos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando Minas havia registrado o melhor mês de setembro de todos os tempos, as exportações mineiras alcançaram crescimento de 92,8%, ou seja, quase o dobro do resultado anterior. O resultado médio do Brasil, no mesmo comparativo, foi de 41,3%. As informações são provenientes de levantamento da Central Exportaminas, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
“Os resultados trazem otimismo, indicando que as empresas instaladas aqui estão caminhando na direção correta”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Raphael Guimarães Andrade. Ele ressalta que o crescimento das exportações no período de janeiro a setembro de 2008 na comparação com o mesmo período de 2007 foi de 39%, quase dez pontos percentuais acima da média brasileira. O secretário lembra ainda que, pelo quinto mês consecutivo, Minas apresenta resultados mensais acima US$ 2 bilhões, marca superada pela primeira vez em maio deste ano.
Para Raphael Andrade, o bom desempenho em setembro mostra que os impactos da crise do mercado financeiro devem demorar um pouco para se manifestar, em especial nas exportações, já que muitos contratos são assinados com antecedência de meses. “É difícil arriscar palpites, mas é certo que as maiores conseqüências se farão presentes em 2009. Mas é preciso lembrar que o Brasil nunca esteve tão preparado para enfrentar uma crise e que países como a China, que se tornou o principal comprador de produtos mineiros em 2007, dão sinal de que estão longe da recessão”, diz.
AGÊNCIA MINAS