O varejo registrou expansão de 2,6% de janeiro a junho de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014, segundo dados divulgados na terça-feira (7) pela Serasa Experian.
O setor de vestuário teve a expansão de 5,8%, e os eletrônicos e móveis, ficaram em 5,2%. O economista da consultoria Luiz Rabi explicou o motivo. “No setor de vestuário, o desempenho positivo é um pouco o deslocamento de consumo. As pessoas, em vez de gastar com material de construção ou prestação de carros, estão deslocando o consumo para outros segmentos”.
Mas o economista ainda adverte que nos próximos meses o varejo está sujeito a uma queda. “Acho que não chega a ficar negativo, como foi em 2002. Naquela época, estávamos no auge da crise do apagão”, disse Rabi se referindo à queda na época de 6,9% no comércio.
Mesmo com o índice positivo no varejo, o comércio teve menor crescimento no primeiro semestre deste ano desde 2002. A indústria foi outro setor que teve retração de 12,5%, depois veio o ramo de material de construção, com queda de 7,1%. O consumidor está menos propenso a compra de veículos e materiais de construção, pois normalmente são financiados e os gastos são em médio e longo prazo, ressaltou o economista.
“O aumento do dólar e da energia, combinado com o choque dos alimentos, ainda continuam produzindo efeitos na inflação que vão demorar para se dissipar”, avalia Rabi e adverte que o resultado do segundo semestre será um pouco menor comparados aos seis meses analisados.
da redação com Agência Brasil