“O ministro [Hélio Costa], ao dizer isso, devia estar emocionado com o calor do voto. Nunca participei de qualquer negociação com o PMDB”, disse Pimentel. “O PMDB, desde o início, apontou uma posição para ter candidato próprio e eu não seria personagem para encaminhar nada”, acrescentou.
Sobre a ausência do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, na campanha de Lacerda, por não concordar com a aliança informal firmada entre PT e PSDB (partido do governador Aécio Neves), Pimentel disse esperar uma mudança de posicionamento.
“O ministro Patrus é sempre bem-vindo na campanha e nunca deixou de ser. Ele não quis participar e era um direito dele. Mas tenho impressão de que as instâncias do PT vão se movimentar nesse sentido. Agora tem uma chapa de que o PT faz parte e outra que está em outro campo, que não é o democrático-popular. Então, está relativamente simples de tomar posição”, argumentou Pimentel.
O pano de fundo das divergências entre Fernando Pimentel, Patrus Ananias e Hélio Costa é a disputa pelo governo de Minas Gerais em 2010. Os três são cotados como possíveis candidatos.
Em relação ao segundo turno em BH, Pimentel ainda defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneça ausente da campanha. “Eu procuro preservar o presidente de qualquer constrangimento”.
O resultado do primeiro turno, segundo Pimentel, não representou uma reprovação à tese da parceria entre a gestão municipal petista e a gestão estadual tucana.
“Não foi desaprovada a tese da aliança. Porque os dois candidatos que foram ao segundo turno primaram por defender parceria, convergência entre prefeitura e governo do estado”.