Percival disse que o crédito é realmente o tema mais importante nas discussões sobre a crise financeira que afetou a economia real de todos os países, de setembro do ano passado para cá, uma vez que faltaram recursos para financiar a atividade produtiva em todos os setores. No Brasil, porém, os bancos públicos garantiram os recursos direcionados, principalmente para os setores habitacional e rural, enquanto os bancos privados se retraíram – ressaltou.
Ele lembrou que a economia brasileira dependia em grande parte dos investimentos externos, mas, como os investidores estrangeiros tiveram que retirar dinheiro do país para cobrir prejuízos nos países de origem, faltaram recursos para a economia em geral. A carência do mercado, porém, foi “irrigada”, segundo ele, com créditos para atividades específicas, com gestões do Banco do Brasil, Caixa e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além dos bancos regionais.
Segundo ele, esse é o caso da Caixa, que atua mais nos financiamentos habitacionais e já investiu mais de R$ 8 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano, quase um terço da meta de R$ 27 bilhões fixada para 2009. Percival acredita que o dinheiro será todo usado, porque “a demanda por habitação é crescente”.