“Esse país pode ser diferente se a gente aprender a não eleger vigarista, se a gente aprender a eleger pessoas que têm compromisso com o povo”, afirmou, para completar: “[Precisamos de] pessoas que não tenham medo de pegar na mão de um doente, abraçar um pobre, um negro”.
Durante discurso, Lula voltou a afirmar que a população pobre é prioridade de seu governo e criticou o “descaso” de muitos de seus antecessores.
“A coisa mais fácil é a gente governar para os pobres. Porque com pouca coisa a gente faz muito”, afirmou. “É muito fácil governar quando decidimos para quem queremos governar e decidimos fazer as coisas de que o povo necessita”.
O presidente também voltou a expressar o desejo de que as favelas contem com infraestrutura de bairros e superem o estigma de violência e de pobreza. “Ainda vivo não quero ouvir a palavra favela. Quero ouvir falar em bairro, cidade, em vila”, disse Lula.
A entrega de obras em Manguinhos também foi marcada por manifestações da platéia. Cerca de mil moradores gritaram frases de “Fica, fica, fica”, em alusão ao terceiro mandato, e de “Dilma, Dilma, Dilma”, de apoio à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Ao que o presidente respondeu: “Espero que a profecia que diz que a voz do povo é a voz de Deus esteja correta”.
Ao afirmar que as obras do PAC devolvem dignidade aos habitantes do lugar, a ministra Dilma pediu aos moradores “que zelem” pelos bens públicos e agradeceu as manifestações de apoio. “Queria agradecer a solidariedade e a força que vocês têm me prestado”, concluiu.
No Complexo de Manguinhos, o governo entregou um centro tecnológico, quadras de esporte, duas piscinas, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além de um posto para orientar a população na expansão e construção de imóveis.