A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (25) que decidiu reduzir o preço médio nas refinarias em 5,4% para a gasolina e em 3,5% para o diesel.
“A decisão foi guiada predominantemente por um aumento significativo nas importações no último mês, o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno”, informou a estatal em comunicado.
“Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode reduzir 2,2%, ou cerca de R$ 0,07 por litro, em média, e a gasolina, 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média”, projeta a Petrobras.
Em abril, a petroleira tinha elevado o preço da gasolina em 2,2%, na média, e do diesel em 4,3% nas refinarias, citando a elevação dos preços dos derivados nos mercados internacionais.
Justificativas
Segundo a Petrobras, a importação de gasolina por terceiros para o mercado interno aumentou de 240 mil metros cúbicos em fevereiro para 419 mil em abril. No diesel a importação passou de 564 mil metros cúbicos em fevereiro para 811 mil em abril. “Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77%”, informou.
No comunicado, a companhia sinalizou ainda que os preços de combustíveis podem ser revistos com frequência ainda maior.
“O comitê executivo avaliou ainda que a política de preços com correções pelo menos mensais, embora um avanço significativo em relação ao sistema anterior, não tem refletido tempestivamente as volatilidades de preços de internacionais de derivados e câmbio entre as datas dos reajustes, fato agravado pelo acréscimo recente na volatilidade da taxa de câmbio. Esta constatação tem crescentemente sido parte das discussões do GEMP e pode fundamentar aumentos na frequência dos ajustes de preços”, disse.
Política de preços
A Petrobras pratica desde outubro uma nova política de definição de preços dos combustíveis, com reuniões mensais para definir os valores da gasolina e do diesel nas refinarias.
Um reajuste da companhia nas refinarias não necessariamente significa uma mudança no preço nos postos, pois as distribuidoras podem repassar ou não essa variação (como ocorreu algumas vezes).
Outras variáveis também podem influir no preço da gasolina, como o preço do etanol, já que a gasolina comum deve ter 27% de etanol anidro – e o preço do álcool combustível varia de acordo com a safra da cana-de-açúcar.
Desde que começou a nova política de preços, a Petrobras já anunciou cinco cortes e dois aumentos no preço dos combustíveis. O primeiro anúncio foi em outubro, quando o preço da gasolina caiu 3,2% e o do diesel, 2,7%. Em novembro, nova queda (de 3,1% e 10,4%, respectivamente). Em dezembro, foi a vez do primeiro aumento: reajuste de 8,1% na gasolina e de 9,5% no diesel.
Em janeiro, a Petrobras fez duas alterações nos preços: no dia 5, subiu o preço do diesel em 6,1% (mas manteve o da gasolina), e no dia 26, reduziu novamente o preço dos dois combustíveis. Em fevereiro, a Petrobras voltou a anunciar redução: de 5,4% na gasolina e de 4,8% no diesel. Março foi o primeiro mês desde a nova política de preços que não houve nenhuma alteração. Em abril, houve aumento de 2,2% no preço da gasolina e de 4,3% no diesel.
Com G1