A economia brasileira gerou 115.898 empregos com carteira assinada em abril, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho.
É o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram abertas 196.913 vagas formais. Ou seja, foi o melhor resultado para abril em cinco anos.
Quando o país cria vagas de trabalho em um determinado período, significa que as contratações superaram as demissões. Em abril, foram registradas 1.305.225 contratações e 1.189.327 desligamentos.
Por meio de sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado. “É inquestionável. Tivemos cerca de 115 mil empregos de carteira assinada criados em abril. Os defensores da crise perderam. O otimismo voltou”, declarou.
No ano de 2017 fechado, a economia brasileira fechou 20.832 postos de trabalho formais. Foi o terceiro ano seguido em que houve mais demissões do que contratações no país. Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos.
Acumulado do ano
Os números oficiais do governo mostram também que, nos quatro primeiros meses deste ano, foram criados 336.855 empregos com carteira assinada.
Já nos últimos doze meses, segundo o Ministério do Trabalho, foi registrada a criação de 283.118 postos de trabalho formais.
Com o resultado de abril, o estoque de empregos estava, no final daquele mês, em 38,205 milhões de vagas, contra 37,922 milhões em abril do ano passado.
Setores
Os números do governo revelam que, em abril, houve abertura de vagas em todos oito setores da economia. O maior número de empregos criados foi no setor de serviços.
Serviços: +64.237
Indústria de transformação: +24.108
Construção civil: +14.394
Comércio: +9.287
Agricultura: +1.591
Administração pública: +980
Extrativa mineral: +720
Serviços industriais de utilidade pública: +581
“Outro dado apresentado pelo Caged que reforça o quadro de otimismo para o emprego foi o fato de que os oito setores econômicos apresentaram crescimento. Ou seja, todas as áreas tiveram expansão”, avaliou o Ministério do Trabalho, por meio de nota à imprensa.
Dados regionais
Segundo o governo, houve criação de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, nas cinco regiões do país em abril deste ano.
A região Sudeste liderou, com a criação de 78.074 vagas formais, seguida pelas regiões Centro-Oeste (+15.769) e Sul (+13.298 postos).
A região Nordeste, por sua vez, abriu 4.447 vagas com carteira assinada em abril, ao mesmo tempo em que foram registradas 4.310 contratações na região Norte.
O governo informou ainda que, das 27 unidades federativas, 22 tiveram saldo positivo (criação de empregos formais) em abril deste ano.
“Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O saldo foi negativo apenas em Alagoas, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Amazonas e Rio Grande do Norte”, informou o Ministério do Trabalho.
Trabalho intermitente
Segundo o Ministério do Trabalho, foram realizadas 4.523 admissões e 922 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente em abril deste ano. Com isso, houve um saldo positivo de 3.601 empregos no período.
O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado. A previsão do governo é que essa modalidade gere 2 milhões de empregos em três anos.
Foram registradas ainda, no mês passado, 5.762 admissões em regime de trabalho parcial e 3.208 desligamentos, gerando saldo positivo de 2.554 empregos.
Salário médio de admissão
O Ministério do Trabalho também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.532,73 em abril. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve alta de 1,22%, ou R$ 18,47, no salário de admissão na comparação com março deste ano.
Em relação a abril de 2017, registrou-se ganho real de R$ 40,53 (+2,72%) para o salário médio de admissão, acrescentou o Ministério do Trabalho.
Com G1