Atualização divulgada às 12h pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública diz que não há mais pontos de concentração de caminhoneiros em rodovias federais. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que monitora a situação das estradas no país e os pontos de bloqueio e manifestações de caminhoneiros.
Segundo a corporação, não há mais aglomeração de pessoas ou veículos perto de rodovias federais ou “qualquer anormalidade no fluxo de veículos”. Não há, contudo, acompanhamento de possíveis protestos em estradas estaduais.
No último balanço da situação das rodovias federais, divulgado às 11h, ainda existiam nove pontos de concentração. Destes, seis eram em Santa Catarina, dois no Rio Grande do Sul e um no Ceará.
Na atualização divulgada no início da manhã de hoje (31), o Ministério da Defesa ainda contabilizava 65 pontos de concentração de caminhoneiros.
Pelos cálculos do governo, no auge da crise, chegou a haver mais de 600 pontos de manifestação.
O acordo com entidades representativas dos caminhoneiros foi fechado no último domingo (27). Mas, ainda assim, caminhoneiros mantiveram protestos em diversos locais do país. Líderes de entidades, como a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, e apurações feitas pelo governo apontaram a presença de infiltrados no movimento.
Porto de Santos
Um dos locais em que caminhoneiros permaneciam hoje pela manhã mobilizados era o Porto de Santos, dificultando o fluxo de caminhões de carga. Segundo o Ministério da Defesa, operação conjunta entre as Forças Armadas e a Polícia Rodoviária Federal liberou o acesso ao porto e o funcionamento “começa a ser normalizado”.
O presidente da Federação dos Caminhoneiros de São Paulo, Claudinei Pelegrini, afirmou à Agência Brasil que o movimento no local é “esquisito”.
“Quase 90% das reivindicações da categoria já foram atendidos. Se em Santos estão pleiteando alguma coisa é algo pontual, de transporte de contêiner. Difícil a gente dizer. Ali está uma torre de babel. E a gente nunca sabe quem está infiltrado”, argumentou.
Combustíveis
A atualização do governo aponta que o volume de carregamentos de entregas de diesel e querosene de aviação estaria em 85%. No entanto, permanecem filas para abastecimento em diversas cidades em todo o país.
“A gasolina nas bombas dos postos é o último item a ser plenamente restabelecido porque precisa da mistura com álcool anidro, o que é feito nas bases de distribuição”, justificou o governo no comunicado.
Aeroportos
De acordo com o Executivo, os 15 principais aeroportos do país estão abastecidos. O desabastecimento ainda atinge os aeroportos de Palmas (TO) e Cuiabá (MT). Nas unidades da Infraero (excluídas as concedidas, como Guarulhos, Galeão, Curitiba e Florianópolis), a última atualização indicou 19 voos cancelados hoje, 4,6% dos 413 programados para o dia.
Alimentos e saúde
No caso dos alimentos, item bastante afetado durante a crise, o governo afirmou em seu balanço que o reabastecimento “é retomado aos poucos”. O comunicado não mencionou percentual ou as pendências neste campo.
Mas informou que agentes da vigilância sanitária em alguns estados estão fiscalizando a qualidade dos alimentos que chegam a supermercados e outros centros de distribuição.
No tocante aos serviços de saúde, o governo afirma que em 16 estados e no Distrito Federal eles já foram normalizados. Aviões da Força Aérea Brasileira estão realizando transporte de medicamentos. Ontem, uma carga foi transportada para Salvador e hoje outra deve ser enviada para Recife.
Da Redação com EBC