A melhora nos indicadores de emprego ainda é muito incipiente. O fim do ano está logo aí e o mercado de trabalho fica aquecido com novas contratações. É preciso ficar de olho e se preparar para os processos seletivos, já que a competitividade é muito alta. Para os que estão à procura de uma nova oportunidade de trabalho, é importante adotar algumas medidas para melhorar a performance durante processos seletivos. Pensando nisso, Caio Prates, gerente de carreiras da Udacity, conhecida como a Universidade do Vale do Silício, separou cinco dicas simples e eficientes para você colocar em prática e conquistar uma vaga no mercado.
Caio Prates afirma que, “ao buscar um emprego, é importante enxergar o processo seletivo como uma jornada de aprendizado e evolução. A cada experiência de entrevista, por exemplo, você aprende como se posicionar melhor e como controlar o nervosismo”.
Anote aí:
1 – Olhe para dentro
O processo seletivo, do início ao fim, é um momento de autoconhecimento, que o ajuda a ser mais assertivo a cada etapa. Tudo começa com um questionamento pessoal: por que eu quero e preciso deste emprego? O que desejo fazer? Onde eu quero trabalhar? É preciso entender sua necessidade primária, baseada no seu momento de vida e carreira. Existem caminhos diferentes se você responde, por exemplo, que precisa ter receita para se estruturar financeiramente ou que quer se desafiar numa nova área, caso esteja num momento mais confortável. Vale lembrar que essa resposta pode mudar ou evoluir ao longo do tempo, por isso, não é necessário criar uma ansiedade como se esta fosse a última vez em que você responde a pergunta — você fará essa reflexão a cada nova busca profissional.
2 – Olhe para fora
Agora, você precisa começar a sua busca, ou seja, é preciso ir atrás de fontes diferentes de informação. Com a internet, temos acesso a muito conteúdo — alguns bons, mas outros nem tanto. A procura on-line o ajuda a encontrar informações sobre as empresas, mas você não deve ficar só ali para não ter uma pesquisa muito enviesada. É preciso achar outras fontes e uma alternativa é conversar com pessoas que hoje atuam nas organizações e setores que você admira. Verifique se você conhece alguém diretamente ou mesmo um intermediário que poderá conectá-lo a outros profissionais. Com isso, você vai entender como é trabalhar naquele determinado local, como é o dia a dia, o clima organizacional, os pontos de afinidade entre você e a cultura da empresa etc. Mas lembre-se: você não vai disparar seu currículo para todas as empresas já. Nesse processo, a ideia é fazer um filtro quanto às opções existentes e ganhar maturidade em relação ao que você deseja fazer e onde você quer trabalhar.
3 – Revise os materiais e perfis
Depois de montar essa lista, fazer seu estudo quanto às empresas e falar com os profissionais que nelas atuam, é a hora de se preparar. Comece revisando todo o seu material de candidatura, como currículo, carta de apresentação e portfólio. Em seguida, reflita sobre como você está posicionando sua marca pessoal: como está seu perfil em sites e redes como LinkedIn, Catho, Love Mondays, Indeed e GitHub (este último, para quem atua na área de tecnologia)? É preciso estar presente nessas plataformas para ganhar visibilidade e desenvolver seu networking. Ponto de atenção: desconstrua essa ideia de que você não tem nada relevante para incluir no seu currículo. Se não tem nenhuma experiência profissional prévia, lembre-se de que ainda assim é possível contar sua história e descrever por quais desafios passou, mesmo no meio acadêmico ou no esporte.
4 – Treine seu discuso e candidate-se
Feito isso, é importante treinar a forma como você vai se apresentar. Um exercício inicial é ser capaz de contar a sua história em apenas cinco minutos. Seguir essa estrutura, com limite de tempo, o permite ressaltar aquilo que é mais relevante dentro de cada passagem ou experiência sua, sem deixar seu discurso maçante. Agora é hora de começar o processo de candidatura — e o LinkedIn é uma ótima plataforma gratuita para você encontrar empresas para aplicar. Mas não se trata unicamente de enviar seu currículo e aguardar uma resposta: tem muita gente fazendo a mesma coisa. Vá atrás dos profissionais e mande uma mensagem dizendo que tem interesse em conhecer mais sobre a organização em que eles atuam. Por incrível que pareça, as pessoas adoram isso e a chance de você conseguir marcar um café é alta, pois todos gostam de ver interesse e proatividade. Essa interação vai ser muito positiva porque, além de aprender mais sobre a empresa, você cria multiplicadores: cada um deles vai espalhar sobre você por aí e indicá-lo quando souber de uma vaga.
5 – Mostre seu potencial
E quando você é chamado para o processo seletivo? Esse não é um momento confortável, não é fácil ser avaliado. Um jeito de driblar esse nervosismo é encará-lo de uma forma diferente. Esqueça o objetivo final, foque na sua preparação e tenha a consciência de que essa é uma ótima oportunidade para você fazer um exercício de autoconhecimento. Você terá uma clareza maior sobre como está se posicionando no mercado de trabalho, quais habilidades tem ou não, quais gostaria de desenvolver etc. O processo seletivo é importante para deixar você mais forte enquanto profissional. Lembre-se que a entrevista não se trata de um monólogo: não é só você falando sobre você. É um diálogo, no qual o recrutador entende se você faz sentido para aquela determinada posição, mas você também deve avaliar se aquela empresa é o lugar onde quer se desenvolver. Ou seja, é importante ter estudado o perfil do entrevistador e da organização, além de preparar suas perguntas — como, por exemplo, qual o objetivo da vaga para a qual está pleiteando, por que a área existe na empresa, como ela contribui para o negócio, se quem está entrevistando você gosta de trabalhar lá e qual o seu dia a dia etc.
Com Estado De Minas