A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que as contas de luz terão bandeira amarela em novembro. Com a definição, a tarifa terá adicional de R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A mudança para a bandeira amarela ocorre depois de cinco meses seguidos de tarifa vermelha no segundo patamar. Nesse nível, que vigora desde junho, as contas de luz são taxadas com adicional mais alto, de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos.
De janeiro a abril, vigorou a bandeira verde, que não impõe custo adicional. Em maio, foi adotada a bandeira amarela. De acordo com a Aneel, a bandeira amarela foi acionada devido ao início do período chuvoso, que levou à queda significativa do preço da energia no chamado mercado à vista (PLD). Porém, os reservatórios das hidrelétricas ainda apresentam níveis reduzidos. Esses são os dois indicadores que determinam a cor da bandeira.
O sistema de bandeiras tarifárias indica o custo da energia gerada para possibilitar o uso consciente de energia. Antes da vigência dele, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros. A Aneel deve anunciar, em 30 de novembro, a bandeira tarifária que vai vigorar em dezembro.
Reservatórios
As chuvas devem ficar acima da média em novembro no Centro-Sul do país. Segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o volume de água que chegará aos reservatórios das usinas ao longo do mês que vem ficará em 109% da média histórica para o período no Sudeste e em 103% no Sul. Ainda assim, a perspectiva é de que não haja recuperação do nível dos reservatórios nas duas regiões, encerrando novembro com 20,4% da capacidade e 65,9%, respectivamente, ante os 20,6% e 68,9% anotados na quinta-feira.
No Nordeste, que atravessa longo período de estiagem, a situação segue desfavorável, com chuvas em 60% da média histórica em novembro. Já o nível dos reservatórios permanecerá relativamente estável, passando dos 25,9% registrados na quinta-feira para 26,1%. Já no Norte, a afluência esperada é de 78% da média histórica para novembro, o que acarretará queda de 10,3 pontos percentuais na Energia Armazenada (EAR), para 19%.
Em relação à carga, a projeção do ONS aponta para crescimento da ordem de 2% no mês que vem, em relação a igual período do ano passado, no Sistema Interligado Nacional (SIN), para 67.330 megawatts (MW) médios. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do país, deve registrar carga de 39.142 MW médios, o que corresponde a aumento de 2,4% frente ao anotado na mesma etapa de 2017, enquanto no Sul a previsão é de 11.506MW médios, expansão de 2,9%. No Nordeste, a carga deve crescer 1,3%, para 11.113 MW médios, enquanto o Norte deve registrar queda de 0,9%, para 5.569MW médios.
Juros nas alturas
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 4,7 pontos percentuais de agosto para setembro, informou ontem o Banco Central (BC). Com isso, a taxa passou de 274% para 278,7% ao ano. A taxa do rotativo é uma das mais elevadas entre as avaliadas pela autoridade monetária. Dentro desta rubrica, a cobrança na modalidade rotativo regular passou de 250,3% para 259,9% ao ano de agosto para setembro. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.
Em abril de 2017, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, depois de um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. Contudo, os encargos não param de subir.
Com Estado De Minas