Entrando na onda das empresas que oferecem seus serviços por meio de assinatura, agora a Uber também conta com essa modalidade para oferecer vantagens a seus usuários, num esquema parecido ao utilizado pela Amazon e pela Netflix.
Chamado de Ride Pass, o serviço permite que, ao se pagar um valor mensal, o usuário tenha acesso a descontos de até 15% em qualquer corrida que fizer pelo app. O desconto valerá para todas as corridas feitas no mês em que a assinatura tiver sido paga e não estará sujeito a deixar de valer em certas épocas do ano ou grandes eventos, como feriados ou durante uma Copa do Mundo.
O Ride Pass já está disponível em cinco cidades dos Estados Unidos (Austin, Orlando, Denver, Miami e Los Angeles) e qualquer usuário do Uber dessas cidades poderá se inscrever no programa através do aplicativo. A taxa mensal nas quatro primeiras cidades é de US$14,99 ao mês, enquanto em Los Angeles a mensalidade é de US$ 24,99 — mas, em compensação, ela também é a única cidade onde a mensalidade dá acesso gratuito a bicicletas e scooters da Jump.
Enquanto isso, os motoristas continuarão recebendo a mesma quantia de se a corrida não tivesse desconto, e a própria Uber irá cobrir a diferença para eles, o que já implica que a novidade não deverá ser lucrativa para a empresa de maneira imediata. Mesmo assim, de acordo com Manik Gupta, chefe de produtos da empresa, isso não é algo com que a Uber deve se preocupar no momento, pois a companhia acredita que as vantagens a longo prazo irão superar os custos de implantação do serviço.
O anúncio de um serviço de assinaturas pela Uber não é necessariamente uma surpresa. Além da empresa já estar testando planos desse tipo nos últimos dois anos, o anúncio mês passado de que a Lyft estava inaugurando um plano próprio de assinaturas fez com que os analistas previssem que a Uber logo lançaria algo seu, já que as duas empresas vivem uma competição acirrada pela preferência dos usuários.
Tamanha pressa tem uma explicação: ainda que continue sendo o serviço de transporte com a maior base de usuários da atualidade nos EUA, a Lyft tem tido um crescimento bem mais acelerado. E, como ambas pretendem abrir seus capitais no ano que vem, ter números sólidos de crescimento para apresentar é a melhor estratégia para conseguir fazer bons negócios em Wall Street.
Com Canaltech