Com as novas instalações do Museu, que recebe aproximadamente 8.700 visitas espontâneas por ano, Belo Horizonte terá mais um espaço cultural e de convivência, como opção de ponto de descanso, encontro e interação social. A sala será construída em um espaço de 160 metros quadrados, na entrada do Museu, com acesso adaptado para deficientes físicos. O projeto arquitetônico é dos arquitetos Mariza Coelho e Fernando Maculan.
Segundo o secretário, Paulo Brant, as obras no Museu visam aproximar local e população. “A instalação do Café e da sala multiuso vão permitir maior interação com o público, ampliando a visitação ao espaço e o entendimento do museu como resgate do passado em consonância com o presente e o futuro”, disse. Para o diretor do Museu Mineiro, Francisco Magalhães, “a idéia é criar um mecanismo de aproximação e um vínculo afetivo em relação ao espaço, permitindo que as pessoas realmente toquem o Museu”.
Os preparativos para a instalação do Café e da sala multiuso começaram em setembro deste ano e as obras devem terminar até meados de 2009. Nesta quarta-feira, serão iniciadas a escavação e a remoção de terra no terreno do Museu. Esta etapa, uma das mais longas, é necessária para a construção do Café abaixo do nível do terreno. O objetivo é evitar conflito ou sobreposição entre a nova edificação e os prédios históricos do conjunto, que é tombado, em âmbito estadual, desde 1978.
Para a instalação do Café foi necessária a supressão de seis árvores – realizada no início de outubro com autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Outras seis estão sendo transplantadas para o terreno do próprio Museu. Duas árvores também estão sendo preparadas para serem realocadas em frente ao prédio do Arquivo Público Mineiro. Algumas plantas de pequeno porte, que também precisaram ser retiradas, foram reaproveitadas em outros jardins do Sistema Estadual de Cultura.
De acordo com o arquiteto Sérgio Fagundes, que acompanha a obra, a previsão é de que os trabalhos de remoção e de contenção do desaterro com muros de arrimo e a obra de fundação, estendam-se até dezembro. “Para se ter uma idéia, serão 300 metros cúbicos de concreto armado e mais de 30 toneladas de ferro”, ilustra Fagundes. Concluída esta etapa, terá então início a fase de construção das estruturas do Café do Museu Mineiro.
As obras no Museu Mineiro serão realizadas com recursos orçamentários do governo do Estado. O investimento é de aproximadamente R$ 2 milhões.
Reparos – O conjunto do Museu Mineiro e anexo, onde funciona a sede da Superintendência de Museus, está em obras há aproximadamente três anos. Nesse período, foram realizados diversos trabalhos, como a recuperação total do telhado, o projeto de readequação das instalações elétricas, melhorias da nova escada de acesso à Superintendência de Museus e a construção da nova sala de exposição temporária. Atualmente, estão sendo realizados trabalhos de compatibilização das instalações – elétrica, hidráulica e de tecnologia – entre os prédios do conjunto, além da continuidade de pequenas obras de restauração do Museu Mineiro. Também serão feitas mudanças no sistema de iluminação e a restauração da fachada da Superintendência de Museus.
Acervo – O acervo do Museu Mineiro é constituído por um número expressivo de objetos que documentam, de forma material e simbólica, momentos distintos da formação da cultura mineira. Entre eles, estão quadros e esculturas, peças de arte sacra e de mobiliário, utensílios domésticos e objetos de uso pessoal, instrumentos de trabalho e de castigo, insígnias e armarias. Atualmente, o espaço reúne 36 coleções vindas de diversas instituições e de particulares. Destacam-se: Coleção Arquivo Público Mineiro, Coleção Geraldo Parreiras, Coleção Pinacoteca do Estado de Minas Gerais, Coleção Iepha-MG, Coleção Jeanne Milde, Coleção Hidelgardo Meirelles, Coleção Irma Renault, Coleção Rede Manchete e Coleção Servas. Durante as obras, o acervo ficará na reserva técnica da Superintendência de Museus, prédio anexo ao Museu Mineiro.