A vacina deve ser dada ao menos 10 dias antes da viagem em pessoas que visitam os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo. De acordo com a OMS, os viajantes devem levar consigo os certificados internacionais de vacinação.
Entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, foram registrados 36 casos de febre amarela em humanos em 11 cidades do Brasil. A maioria dos casos foi registrado em São Paulo e dois no Paraná, que não tinha registro de casos da doença desde 2015.
A febre amarela causa sintomas como dor de cabeça, febre baixa, fraqueza e vômitos, dores musculares e nas articulações. Em sua fase mais grave, pode causar inflamação no fígado e nos rins, sangramentos na pele e levar à morte.
Transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, a forma silvestre da doença é a variedade que ainda provoca surtos no Brasil. O país não registra casos de febre amarela urbana, transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942.
Terceira onda
Segundo a OMS, o país poderia estar vivendo a terceira onda de surto. A primeira aconteceu durante o período sazonal de 2016–2017, com 778 casos humanos, incluindo 262 mortes, e a segunda durante o período sazonal de 2017–2018, com 1376 casos humanos, incluindo 483 mortes.
“Embora seja muito cedo para determinar se este ano mostrará os altos números de casos humanos observados nos dois últimos grandes picos sazonais, há indicações de que a transmissão do vírus continua a se espalhar em direção ao sul e em áreas com baixa imunidade populacional”, diz o comunicado.
Em São Paulo, estado com maior número de casos da doença em 2019, a cobertura vacinal é de 77%, quando deveria estar em 95%. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que todos os paulistas devem se vacinar contra a febre amarela, caso ainda não estejam imunizados.
Com G1 MG