A fala do representante da Anac tranqüilizou os dirigentes de associações de moradores presentes à reunião. Juliana Renault Vaz (Pró-Civitas), Flávio Marcus Ribeiro de Campos (Associação dos Amigos da Pampulha – Apam) e Edilson de Almeida Júpiter (Associação Comunitária dos Bairros Aeroporto, Jaraguá e Adjacências) haviam manifestado preocupação com o possível retorno de aviões de grande porte ao terminal da Pampulha, alegando riscos para a segurança dos moradores, aumento do trânsito na região e poluição sonora.
Também presentes à reunião, representantes da Gol e da TAM confirmaram que as empresas pediram autorização para utilizar o Aeroporto da Pampulha. A Gol pediu para operar dez vôos, em Boeings 737, com destino a Brasília e ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Já a TAM solicitou autorização para operar nove vôos em aeronaves Airbus A-319 para os aeroportos Santos Dumont, Congonhas (SP) e de Brasília. Além dessas solicitações, a Anac confirmou ainda a existência de um pedido da Ocean Air, que utilizaria aviões Fokker 100, mas não revelou os destinos.
Preocupação é com ação da Azul nos bastidores
O deputado Fábio Avelar (PSC), presidente da comissão, abriu a reunião citando a informação de que uma nova empresa que vai operar no Brasil, a Azul Linhas Aéreas, teria encomendado vários aviões à Embraer (de acordo com notícias veiculadas pela imprensa, trata-se de 16 aeronaves modelo 190, com capacidade para 106 passageiros) e, em contrapartida, receberia autorização para realizar pousos e decolagens na Pampulha. Por isso, disse ele, Gol e TAM, por questões de competitividade, se anteciparam e pediram o mesmo direito.