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Entenda como detectar o câncer de mama masculino

Mesmo pouco discutido e raro, o câncer de mama masculino tem estimativas indicam que 1% dos casos da doença afetam homens. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil somará cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019, número que corresponde a 28% de todos os diagnósticos da condição registrada no país.

O câncer de mama em homens corresponde a cerca de 1% de todos os cânceres de mama (foto: Youtube/Reprodução)O câncer de mama em homens corresponde a cerca de 1% de todos os cânceres de mama (foto: Youtube/Reprodução)

O assunto veio à tona, após Mathew Knowles, o pai da cantora norte americana Beyoncé, revelar que foi diagnosticado com a doença. “O risco espontâneo de ter câncer de mama em homem é de 1:1000 comparado ao de 1:8 entre as mulheres. Como nas mulheres, é um câncer relacionado com o envelhecer e a faixa etária média de ocorrência é cerca de 67 anos para homens”, explica Bruno Ferrari, oncologista e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas.

O médico ainda revela os fatores de risco. “É maior entre os negros e, principalmente, entre aqueles com história familiar de primeiro grau positiva para câncer de mama. Entretanto, o principal fator de risco para câncer de mama em homens são as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2. Algumas outras mutações menos frequentes como CHECK 2 e PLAB 2 estão também relacionadas ao aumento de risco de câncer de mama em homens”.

A forma de prevenção é a mesma indicada para mulheres, porém a forma de diagnóstico é diferente. “A prevenção do câncer de mama em homens ocorre como nas mulheres, com hábitos de vida mais saudáveis, atividades físicas regulares, controle de peso e dieta balanceada. É o que está ao alcance de cada um hoje. Em relação aos exames, o screening de câncer de mama em homens não é recomendado, como nas mulheres. Aconselhamento genético é recomendado nos homens com história familiar de câncer de mama, principalmente se houver mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. Portanto, o médico mais indicado para avaliação inicial seria um oncologista ou um geneticista, se houver fatores de risco aumentados”, explica o oncologista.

Há chances de cura, porém o diagnóstico tardio pode ser um dificultador. “É recomendado cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia, de acordo com o diagnóstico e estadiamento individual. Há chances de cura, entretanto, está comprovado que nos homens o câncer de mama é diagnosticado em estágios mais avançados que nas mulheres. Diante disso, é necessário aumentar a vigilância e ampliar o diagnóstico precoce em homens para que as chances de cura aumentem”, finaliza Dr. Bruno Ferrari.

Com Estado de Minas



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