Defensor do financiamento público de campanhas, Ayres Britto disse que a internet é um mecanismo que dá transparência às doações eleitorais. “A internet facilitaria muito a transparência das coisas, mantido o atual sistema de financiamento privado, porque poderíamos criar mecanismos identificadores de quem faz o financiamento da campanha, quem está contribuindo, de que modo, em que quantia e para quem”, afirmou.
Neste aspecto, o ministro citou a lei eleitoral americana como um exemplo a ser seguido. Nos Estados Unidos, os candidatos podem receber doações para suas campanhas eleitorais via internet.
Carlos Ayres Britto não poupou críticas ao atual sistema de financiamento de campanhas políticas. Segundo ele, o financiamento privado de candidaturas leva por conseqüência à formação de “caixa dois”. Ele admitiu que, apesar dos esforços do TSE de coibir a prática das doações irregulares, o caixa dois “é um adversário difícil e renitente”.