Quem teve o privilégio de crescer até a década de 80 e 90, especialmente, em cidades do interior, deve se lembrar bem de como a vida nos exigia muito mais esforço físico do que hoje. Os elevadores e as escadas rolantes não faziam parte da nossa rotina. Para mudar o canal da TV e a frequência do rádio, tínhamos que levantar e caminhar. Ir à padaria, ao armazém… tudo isso fazíamos a pé.
Hoje, as casas mais modernas já vêm com controles remotos até mesmo para o acendedor de luz. Estamos em plena era da automação. Se por um lado ficamos fascinados com as facilidades e tecnologias modernas, por outro, não podemos deixar de refletir sobre os impactos desse modo de vida em nossa saúde em longo prazo.
O fato é: a obesidade está aumentando em todo o mundo e com ela a mortalidade por uma série de doenças, incluindo o câncer. Estima-se que 30% dos casos da doença nos países ocidentais estejam relacionados ao sedentarismo e ao excesso de peso. Trata-se do segundo fator de risco para o desenvolvimento de câncer, ficando atrás apenas do tabagismo, de acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, mais de 80 milhões de pessoas – cerca de 60% da população – estão com excesso de peso, enquanto 15 milhões são consideradas obesas. Já o número crianças e adolescentes obesos passou de 3,7% para quase 13% nos últimos 10 anos, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Talvez esses números não sejam suficientes para mudar a cabeça de alguns leitores. Contudo, ver, dia após dia, as pessoas que integram essas estatísticas em meu consultório me faz insistir em repetir: cada vez mais pacientes dentro desse perfil são diagnosticados com tumores de rim, vesícula, pâncreas, intestinos, próstata, endométrio (a camada interna do útero) e mama.
Mas, afinal, como o excesso de gordura pode causar essas mutações? Existe uma relação direta e uma indireta entre a obesidade e o aparecimento do câncer. A causa direta é que, à medida que as pessoas engordam, aumenta também o volume do abdômen. O estômago é empurrado para cima pela gordura causando uma pequena hérnia de hiato. Então, aparece o refluxo. Em longo prazo, o ácido do estômago em contato com o esôfago leva a um quadro inflamatório crônico (o chamado epitélio de Barrett). Essa situação causa uma lesão pré-maligna e, caso isso não mude, essa lesão se transformará em câncer.
Na maior parte das vezes, a obesidade leva ao câncer por fatores indiretos, que vão desde um quadro inflamatório crônico nas células que acumulam gordura – chamadas adipócitos – passando por um aumento de produção de substâncias e hormônios nocivos quando em excesso, como o estrógeno, fabricado no tecido gorduroso de homens e mulheres, e o IGF-1 (Insulin like growth factor – fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1), que aumenta de quantidade em pessoas obesas.
Engana-se, contudo, quem acha que pessoas consideradas magras não estão sujeitas a esse quadro. Muitas vezes, elas são magras pelo não ganho de massa magra ou pela perda de massa muscular. Mas, se você examiná-las com atenção, verá que há grande quantidade de gordura, que não aparece porque há pouca massa magra.
O que deve ser considerado é o Índice de Massa Corporal – IMC, calculado com a seguinte fórmula: Peso ÷ (Altura × Altura). Se o resultado for entre 25 e 29,9, a pessoa já está com sobrepeso. A partir de 30 já é obesidade. Teoricamente, a partir do sobrepeso, já existe risco aumentado de surgir um tumor. Além disso, a gente sabe que a gordura mais preocupante é aquela chamada gordura visceral, localizada na região central do abdômen.
O fato é: a obesidade está aumentando em todo o mundo e com ela a mortalidade por uma série de doenças, incluindo o câncer. Estima-se que 30% dos casos da doença nos países ocidentais estejam relacionados ao sedentarismo e ao excesso de peso. Trata-se do segundo fator de risco para o desenvolvimento de câncer, ficando atrás apenas do tabagismo, de acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, mais de 80 milhões de pessoas – cerca de 60% da população – estão com excesso de peso, enquanto 15 milhões são consideradas obesas. Já o número crianças e adolescentes obesos passou de 3,7% para quase 13% nos últimos 10 anos, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Talvez esses números não sejam suficientes para mudar a cabeça de alguns leitores. Contudo, ver, dia após dia, as pessoas que integram essas estatísticas em meu consultório me faz insistir em repetir: cada vez mais pacientes dentro desse perfil são diagnosticados com tumores de rim, vesícula, pâncreas, intestinos, próstata, endométrio (a camada interna do útero) e mama.
Mas, afinal, como o excesso de gordura pode causar essas mutações? Existe uma relação direta e uma indireta entre a obesidade e o aparecimento do câncer. A causa direta é que, à medida que as pessoas engordam, aumenta também o volume do abdômen. O estômago é empurrado para cima pela gordura causando uma pequena hérnia de hiato. Então, aparece o refluxo. Em longo prazo, o ácido do estômago em contato com o esôfago leva a um quadro inflamatório crônico (o chamado epitélio de Barrett). Essa situação causa uma lesão pré-maligna e, caso isso não mude, essa lesão se transformará em câncer.
Na maior parte das vezes, a obesidade leva ao câncer por fatores indiretos, que vão desde um quadro inflamatório crônico nas células que acumulam gordura – chamadas adipócitos – passando por um aumento de produção de substâncias e hormônios nocivos quando em excesso, como o estrógeno, fabricado no tecido gorduroso de homens e mulheres, e o IGF-1 (Insulin like growth factor – fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1), que aumenta de quantidade em pessoas obesas.
Engana-se, contudo, quem acha que pessoas consideradas magras não estão sujeitas a esse quadro. Muitas vezes, elas são magras pelo não ganho de massa magra ou pela perda de massa muscular. Mas, se você examiná-las com atenção, verá que há grande quantidade de gordura, que não aparece porque há pouca massa magra.
O que deve ser considerado é o Índice de Massa Corporal – IMC, calculado com a seguinte fórmula: Peso ÷ (Altura × Altura). Se o resultado for entre 25 e 29,9, a pessoa já está com sobrepeso. A partir de 30 já é obesidade. Teoricamente, a partir do sobrepeso, já existe risco aumentado de surgir um tumor. Além disso, a gente sabe que a gordura mais preocupante é aquela chamada gordura visceral, localizada na região central do abdômen.
Com Portal UAI