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Carnaval e IST's: saiba como se prevenir

Casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) têm crescido no Brasil, sobretudo entre os jovens de 15 a 29 anos. Para evitar que essa tendência seja turbinada no Carnaval, é preciso conhecer os parasitas que mais têm circulado no nosso país.

Foto: Re/IlustrativaFoto: Re/Ilustrativa

Aliás, a sigla IST vem substituindo a DST. Os especialistas alegam que o termo “infecção”, em comparação com “doença”, contempla melhor a ideia de que alguém pode carregar um parasita no corpo e espalhá-lo a outras pessoas, mesmo sem sinais ou sintomas.

Independentemente do nome, o fato é que esses problemas podem, sim, causar consequências sérias e até morte. E isso vale para o Carnaval e o resto do ano.

Confira a seguir algumas ISTs pra ficar especialmente de olho durante a folia:

1) Aids

Segundo dados do Ministério da Saúde, há estabilidade nos níveis de infecção por HIV no Brasil: em média, são cerca de 40 mil novos casos anualmente.

A AIDS se tornou uma epidemia jovem. Enquanto as infecções por HIV caem na população em geral, elas não param de subir na turma abaixo 35 anos.

Entre os 20 e 24 anos, o número quase dobrou, passando de 18,4 a cada 100 mil pessoas em 2008 para 35,8, em 2018. É o maior índice de crescimento entre as diferentes faixas etárias.

No entanto, na última década, os índices de contágio têm subido entre as faixas etárias mais jovens, sobretudo dos 15 a 29 anos.

A transmissão do vírus causador da aids ocorre por contato sexual ou com sangue infectado. A doença segue sem cura e potencialmente mortal se não tratada. Hoje, há cerca de 900 mil portadores do HIV no Brasil, mas aproximadamente 132 mil não sabem que têm o vírus.

Em toda a sua rede de saúde, o SUS oferece gratuitamente um teste rápido de detecção do HIV, com resultado em até 30 minutos. E também disponibiliza remédios gratuitamente.

2) Sífilis

Entre 2010 e 2018, os diagnósticos de sífilis adquirida sexualmente aumentaram em 3 600% no nosso país. As razões para isso são variadas: com testes rápidos oferecidos pelos SUS, casos antes despercebidos passam a entrar nas estatísticas, por exemplo. Ainda assim, há uma explosão real na quantidade de infecções.

Transmitida por relações sexuais ou de forma congênita (da mãe para o bebê), a bactéria da sífilis pode ficar sem manifestar sintomas por até 40 dias, quando passa a exibir feridas nos genitais ou manchas no corpo.

Após um tempo sem tratamento, os sintomas até desaparecem, mas não porque o micro-organismo foi eliminado. Na verdade, ele entra em um período de latência e se espalha pelo corpo. Anos depois, “ressurge” com força total.

Se não for tratada, no longo prazo a enfermidade chega a causar danos neurológicos e cardiovasculares, além de cegueira e morte.

3) Tricomoníase

Com maior incidência entre mulheres, a tricomoníase é a mais comum das ISTs. Calcula-se 156 milhões de infecções no mundo em 2016, de acordo com o boletim mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Causada por um protozoário, esse parasita encontra em vaginas e uretras um ambiente favorável para a sua sobrevivência.

A tricomoníase é transmitida exclusivamente pela via sexual e não costuma manifestar sintomas, porém pode ser detectada em exames de urina ou análises de secreções vaginais e uretrais.

Sem tratamento, a infecção dispara uretrites e vaginites, além de complicações na gravidez. E mais: ela facilita a transmissão das ISTs mais graves, como HIV, gonorreia e clamídia.

4) Clamídia

Causada por uma bactéria, é a segunda doença sexualmente transmissível mais comum. Segundo a OMS, só em 2016 foram 126 milhões de novas infecções no mundo.

Em média, apenas um em cada cinco casos manifestam sintomas: corrimento amarelado ou claro e dor ao urinar e no sexo. Durante as relações, mulheres não raro apresentam sangramento, enquanto os homens reclamam de ardência, corrimento e desconforto nos testículos.

Se não for tratada, a clamídia chega a ocasionar infertilidade em ambos os sexos, dores crônicas e complicações na gestação.

No Brasil, faltam dados epidemiológicos sobre a doença por ela não ter status de notificação obrigatória. Entretanto, números dos Estados Unidos sugerem que a maior parte dos casos ocorre entre os jovens, de 15 a 24 anos.

5) Gonorreia

Geralmente, a gonorreia infecta a uretra humana após o contágio via relação sexual. Acontece que a bactéria da doença pode facilmente se espalhar a outros órgãos.

Em casos de sexo oral ou anal, a IST também afeta o reto e a garganta, deflagrando dores e secreção de pus nessas regiões. Até os olhos podem sofrer, na forma de conjuntivite.

Antibióticos antigos contra a doença tendem a não funcionar mais: o uso incorreto de medicamentos contra a gonorreia criou cepas superresistentes da bactéria. Hoje, o acompanhamento médico é obrigatório.

Caso seja negligenciada, provoca infertilidade em ambos os sexos e inflamações graves pelo corpo, inclusive no coração, pélvis e articulações.

6) Papilomavírus humano - HPV

Embora não tão comentada, a mais comum dessas infecções é desencadeada pelo Papilomavírus humano (HPV), que invade pele e mucosas e pode provocar câncer. Mas vale lembrar que a camisinha é só uma das formas de se prevenir essa enfermidade.

Na realidade, uma das maneiras mais eficazes e seguras de prevenção primária começa com a vacinação contra o HPV em meninas e meninos, antes de se tornarem sexualmente ativos. Dos mais de 150 tipos diferentes de HPV, 40 podem contaminar a região genital e provocar tumores malignos, e os principais deles são combatidos com duas doses de uma vacina disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma pesquisa feita em 2018 pelo Ministério da Saúde e um hospital de Porto Alegre apontou que mais da metade da população brasileira entre 16 e 25 anos carrega o HPV no corpo. Entre esses jovens, 38,4% apresentam tipos do vírus de alto risco para o desenvolvimento de câncer (chamados de HPVs oncogênicos). Esse vírus provoca principalmente tumores do colo do útero, mas também de vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe (na região da boca e da garganta).

Com Saúde (adaptado)

A incidência do câncer de colo do útero é considerada alarmante pelos profissionais da saúde. Em mais de 90% das vezes, ele está relacionado com a infecção por HPV, que é evitável. A doença registra mais de 16 mil novos casos por ano no Brasil — em média, quatro a cada dez pacientes morrem em decorrência do quadro, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).



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