Diversos produtos agrícolas considerados essenciais, que foram produzidos em Minas Gerais entre 1998 e 2008, apresentaram médias de crescimento em área, volume e produtividade maiores que a média do Brasil. Esta é uma das conclusões de um estudo feito pela Secretaria da Agricultura do Estado, com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) de 21 produtos analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que o aumento da produtividade foi o principal responsável pelo crescimento da produção nas lavouras mineiras acima da média nacional.
Já no caso da soja, tanto a produção quanto o rendimento da cultura em solo mineiro obtiveram taxas de crescimento maiores que as do Brasil. Enquanto a produção do grão no Estado cresceu 8,94% ao ano, saindo de 1 milhão para pouco mais de 2,5 milhões de toneladas), em âmbito nacional a taxa foi de 6,71%, saltando de 31,3 para 59,9 milhões de toneladas. No caso da produtividade, Minas Gerais apresentou, em 1998, um rendimento médio de 2,2 toneladas de soja por hectare, atingindo em 2008 quase 3 toneladas, uma taxa anual de crescimento de 2,60%. No país, o crescimento médio anual não ultrapassou 1,90%, com a produtividade passando de 2,3 para 2,8 toneladas por hectare.
O levantamento da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais destaca também o crescimento de outros grãos, como o trigo e o amendoim. Apesar de as culturas representarem cerca de 1% da produção nacional em números absolutos, elas tiveram substanciais incrementos tanto em área colhida quanto na produção no decorrer dos dez anos. O trigo, em Minas, obteve crescimento anual de 21,59% em área e 19,18% na quantidade produzida, enquanto no Brasil as taxas foram bem menores, da ordem de 5,30% e 9,50%, respectivamente.
Minas responde por um terço da produção nacional de batata, com 1,2 milhão de toneladas frente ao total de 3,6 milhões em números de 2008. No entanto, seu crescimento médio anual em produção (cerca de 2%) e rendimento (em torno de 3%) apresenta taxas ligeiramente menores que as obtidas no país: 2,8% e 5%, respectivamente.
No campo das frutícolas, dois produtos se destacaram no decorrer da década: o coco-da-bahia e a laranja.
Peso do café e da cana – A análise destaca ainda as taxas de crescimento do café e da cana-de-açúcar em Minas Gerais. Maior produtor do país, o Estado responde por cerca de 50% do cultivo do café e a tendência é um incremento na participação, já que tanto a área quanto a produção apresentam crescimento mais elevado que a média nacional. Quanto à cana-de-açúcar, Minas apresenta taxas maiores que as nacionais em área, produção e produtividade, revelando um crescimento de 7,68%, 10,52% e 2,64% ao ano, respectivamente. Em 2008 foram colhidas 46 milhões de toneladas de cana em Minas e 623 milhões de toneladas no Brasil. A
AGÊNCIA MINAS