A polícia do Paraguai prendeu preventivamente na noite dessa sexta-feira (6) o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis. Ambos foram detidos no hotel em que estavam em Assunção. A ordem foi da Procuradoria Geral do Paraguai. Eles foram levados para a Agrupación Especializada da Policia Nacional.
Na tarde dessa sexta-feira, a Justiça do país sul-americano não acatou a posição do Ministério Público de não levar adiante uma investigação sobre os irmãos, que entraram no país com passaportes falsos.
O MP considerou que ambos “foram enganados em sua boa-fé” e acabaram beneficiados pelo “critério de oportunidade”, item do código penal paraguaio que pode ser usado quando os suspeitos admitem delito e não têm antecedentes criminais.
“O senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, aportou vários dados relevantes para a investigação e, atendendo a isso, foi beneficiado com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias”, afirmou o promotor Frederico Delfino à reportagem.
Passaporte apreendido
Em outubro de 2019, Ronaldinho teve que pagar uma multa ambiental de R$ 6 milhões para reaver o passaporte. Na ocasião, o ex-jogador falou de ter de volta o documento. “Estou voltando à minha rotina, né? Tive um problema com o passaporte. Então, estou feliz de poder voltar a viajar”, afirmou rapidamente à Folha de S.Paulo ao desembarcar em em Tel Aviv.
O passaporte havia sido apreendido em janeiro, depois que a Justiça do Rio Grande do Sul moveu ação contra o ex-jogador, em 2015, por danos ambientais. A multa era, inicialmente, de R$ 8,5 milhões, mas o valor foi diminuído em acordo feito no início de outubro.
Ronaldinho e seu irmão, o empresário Roberto Assis Moreira, foram condenados em 2015 pela construção ilegal de um trapiche, uma plataforma de pesca e atracadouro, na orla do rio Guaíba, em Porto Alegre, sem licenciamento ambiental.
Da Redação com FSP