No Rio de Janeiro, o novo coronavírus (Covid-19) já tem impactado de forma expressiva o sistema de saúde. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, o número de internações no estado causadas por problemas respiratórios é dez vezes maior do que a média registrada em fevereiro e início de março.
Mais de 2.200 pessoas foram internadas por problemas respiratórios na semana de 15 a 21 de março no país, de acordo com levantamento feito pela instituição. Diante disso, um hospital de campanha está sendo construído no Rio de Janeiro para atender pacientes contaminados com o novo coronavírus e para evitar o colapso do sistema de saúde.
A Fiocruz corre contra o tempo para que o terreno de um campo de futebol seja transformado em um centro hospitalar com 200 leitos, exclusivos para pacientes graves infectados pelo novo coronavírus. A previsão é de que em 40 dias o primeiro módulo já esteja pronto.
De acordo com Valdiléia Veloso, diretora Instituto de Infectologia da Fiocruz, os leitos são para “pacientes que vão precisar de terapia intensiva, que vão precisar de ventilação mecânica, dos respiradores, e com isso nós esperamos salvar muitas vidas”.
A fundação também está coordenando no Brasil um projeto idealizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar a eficácia de medicamentos usados no combate à Covid-19. Além da cloroquina e da hidroxicloroquina, serão analisados remdesivir, lopinavir, ritonavir e interferon. A iniciativa vai contar com 1.200 voluntários e será implementada em 18 hospitais de 12 estados brasileiros.
“Todos eles são medicamentos que já são produzidos, então é uma questão de numa emergência, se se encontrar o tratamento que seja eficaz, vai haver uma grande força-tarefa para produzir esses medicamentos em quantidade que possa atender a nossa população”, esclareceu a diretora.
Da Redação com SBT