O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesse domingo, 29, que cogita assinar um decreto para permitir que todas as profissões possam voltar a trabalhar. O presidente tem sido crítico a medidas restritivas impostas por governadores em alguns estados em razão da pandemia do novo coronavírus.
Segundo ele, a paralisação de comércio e da circulação de pessoas causará um grande impacto na economia, o que pode levar a uma onda de desemprego e falta de sustento para trabalhadores informais. “Eu estou com vontade, não sei se vou fazer, mas estou com vontade de baixar um decreto amanhã: toda e qualquer profissão legalmente existente, ou aquela voltada para a informalidade, mas que for necessária para o sustento dos seus filhos, para levar o leite para os seus filhos, levar arroz e feijão para a sua casa vai poder trabalhar”, afirmou ao chegar no Palácio da Alvorada neste domingo, depois de fazer uma visita a vários locais da capital federal, como padarias, postos de combustível, mercados e farmácias.
A entrevista do presidente foi transmitida nas redes sociais. Bolsonaro disse ainda que irá recorrer da decisão judicial que derrubou decreto que permitia funcionamento de lotéricas no Brasil. Segundo ele, o serviço é, muitas vezes, a única agência bancária da cidade. “(A pessoa) vai ter que mudar de cidade para pagar o boleto, para receber seu dinheiro do Bolsa Família. Derrubaram e vou ter que recorrer. Vamos começar agora uma guerra de liminares”, afirmou.
O número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 136 neste domingo, 29, um crescimento de 19% em relação ao dia anterior. Em números absolutos, foram 22 óbitos decorrentes da doença no período. Com isso, a taxa de mortalidade passou de 2,9% para 3,2%.
Já os casos de covid-19 no País passaram para 4.256. Foram 353 novas confirmações neste domingo, um aumento de 9%. Os dados foram divulgados em balanço feito diariamente pelo Ministério da Saúde, que recebe informações das secretarias de saúde estaduais.
O Estado com o maior número de casos continua sendo São Paulo (1.451), seguido por Rio de Janeiro (600), Ceará (348), Distrito Federal (289), Minas Gerais (231) e Rio Grande do Sul (226). No sábado, 28, o balanço inicial foi de 111 casos, mas logo em seguida o ministério informou que a contagem estava errada e divulgou o número correto: 114.
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