Na entrevista coletiva do Ministério da Saúde realizada no fim da tarde desta quinta-feira (09), secretários que compõe a pasta comandada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta voltaram a falar sobre a importância do isolamento social, sobretudo em regiões onde o vírus já está mais instalado. O titular da pasta não participou.
No entanto, os secretários fizeram um afago no presidente Jair Bolsonaro, ao afirmarem que um afrouxamento da quarentena seria possível, desde que em cidades onde não há poucos casos, e que já estejam preparadas, do ponto de vista de equipamentos. De acordo com o secretário Executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, isso seria essencial para depois se conseguir controlar um eventual aumento de casos de infectados pelo novo coronavírus (Covid-19).
“Uma vez que o número de casos é baixo ou zero, não vemos nenhuma crítica nessas medidas de abrir esses municípios porque eles, se sentindo tranquilos, tendo a capacidade instalada para atendimento e estando já de posse de equipamentos de proteção individual, estão preparados para quando aumentar (o número de casos)”, explicou Gabbardo.
O secretário Executivo, no entanto, frisou que isso não é recomendado em grandes cidades onde o vírus já está instalado.
“O ministro (Mandetta) foi muito claro na última fala dele (nessa quarta), de que esses locais que estão já com sinal vermelho, onde há um aumento bastante considerável de casos, nós devemos dar a máxima atenção a questão da mobilidade social”, disse Gabbardo, referindo-se às regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus, por exemplo. “Nos locais onde número de casos é maior, não recomendamos, nesse momento, que haja algum aumento de mobilidade social”, continuou.
Gabbardo voltou a confirmar que nessas regiões, o pico da proliferação da doença deve ser mesmo entre abril e maio. “O pico será, efetivamente, de acordo com os dados, entre final de abril e início de maio. A previsão continua sendo essa para esses Estados com maior número de casos”, completou.
Hoje, o Brasil soma 941 mortos, além de 17.857 casos confirmados da Covid-19.
Com O Tempo